2008-03-26
Um artigo interessante a merecer reflexão
Não sei se está disponível para link, pelo menos, não encontrei este artigo de Octávio Cunha que saiu no Notícias Magazine do dia de Páscoa. Encontrei-o num blog com uma ou outra palavra em espanhol e assim transcrevo:
"Ser de esquerda.
Escrito por O observador (---.132.220.18) el 24.03.2008 a las 16.20. (Octávio Cunha, "Notícias Magazine", 23/03/08) Esquerda e direita. Termos demasiado convencionais, talvez ultrapassados, mas que vamos utilizar por uma questão de facilidade. Hoje(HOY), ser de esquerda não é fácil, como aliás (POR CIERTO) não o foi ontem (AYER) e não o será seguramente amanhá. Ser de esquerda é um desafio permanente feito a cada um. É incómodo. Obriga ao movimento, à imaginação, à mudança. Ser de esquerda é muito lutar(LUCHAR) pela legitimidade da diversidade de opinião e por isso mesmo é útil afirmar claramente que a unidade de todas as forças de esquerda não só é um mito como felizmente que é um mito. Por paradoxal que pareça, pensamos que se todas as forças de esquerda se unissem, a não ser em situações meramente circunstanciais, correriam o risco(RIESGO) de rapidamente serem a direita. Os exemplos são por demais conhecidos. Atingido(ALCANZADO) o objectivo fixado e no conforto da unidade conseguida, ficam(QUEDAN) paralisadas, conservam o adquirido, não inovam, sendo inexoravelmente dominadas pela sua componente ideológica minoritaria, mas con mais capacidade de controlo ou, se quiserem, de militância. Onde a esquerda cristalizou na uniformidade das ideias emerge rapidamente uma classe dominante de burócratas que se vai mantendo no poder à custa do controlo dos militares, da polícia, das "igrejas" e em parte dos media. É o fim da esquerda e o princípio da direita autoritária. Daí podemos muito claramente afirmar que em parte alguma do mundo existe ou existiram dictaduras de esquerda. Não há esquerda onde há dictadura. Não há esquerda onde faltam a diversidade e o confronto livre de ideias. Nos países que conheço melhor constato que sempre que a esquerda toma o poder e não demostra capacidade de mudança(CAMBIO) e evolução, a oposição da direita não se faz para(A FAVOR DE) o império e o feudalismo, mas para o espaço ocupado pela esquerda (o centro). A dereita tem tendência a parasitar o espaço possível e que lhe convém, gerado(GENERADO) pela esquerda, passando, em termos políticos, a denominá-lo de centro. Assim, a direita apropria-se do poder sempre que a esquerda abdica de sua identidade e da imaginação que cria(CREA) a mudança(CAMBIO) e o progresso. E tal acontece,entre outros factores, porque a esquerda continua, ainda hoje(TODAVIA HOY), presa na teia(TELA DE ARAÑA) dos fantasmas criados à volta da iedia que faz de si própria e da incapacidade de se libertar de fórmulas feitas e gastas(GASTADAS). Ou então, o que é ainda(TODAVIA) mais grave, face(DE CARA) à complexidade dos novos desafios, colocados a nível global, abdica dos sos princípios -a pluralidade ideológica da propria esquerda, a imaginação, a mudança, o progressismo- e deixa-se arrastrar para essa "coisa" incaracterística que llema o "centro". Esse espaço cinzento(GRIS) onde tudo se compra, tudo se vende e nada se troca(CAMBIA)".
Escrito por O observador (---.132.220.18) el 24.03.2008 a las 16.20. (Octávio Cunha, "Notícias Magazine", 23/03/08) Esquerda e direita. Termos demasiado convencionais, talvez ultrapassados, mas que vamos utilizar por uma questão de facilidade. Hoje(HOY), ser de esquerda não é fácil, como aliás (POR CIERTO) não o foi ontem (AYER) e não o será seguramente amanhá. Ser de esquerda é um desafio permanente feito a cada um. É incómodo. Obriga ao movimento, à imaginação, à mudança. Ser de esquerda é muito lutar(LUCHAR) pela legitimidade da diversidade de opinião e por isso mesmo é útil afirmar claramente que a unidade de todas as forças de esquerda não só é um mito como felizmente que é um mito. Por paradoxal que pareça, pensamos que se todas as forças de esquerda se unissem, a não ser em situações meramente circunstanciais, correriam o risco(RIESGO) de rapidamente serem a direita. Os exemplos são por demais conhecidos. Atingido(ALCANZADO) o objectivo fixado e no conforto da unidade conseguida, ficam(QUEDAN) paralisadas, conservam o adquirido, não inovam, sendo inexoravelmente dominadas pela sua componente ideológica minoritaria, mas con mais capacidade de controlo ou, se quiserem, de militância. Onde a esquerda cristalizou na uniformidade das ideias emerge rapidamente uma classe dominante de burócratas que se vai mantendo no poder à custa do controlo dos militares, da polícia, das "igrejas" e em parte dos media. É o fim da esquerda e o princípio da direita autoritária. Daí podemos muito claramente afirmar que em parte alguma do mundo existe ou existiram dictaduras de esquerda. Não há esquerda onde há dictadura. Não há esquerda onde faltam a diversidade e o confronto livre de ideias. Nos países que conheço melhor constato que sempre que a esquerda toma o poder e não demostra capacidade de mudança(CAMBIO) e evolução, a oposição da direita não se faz para(A FAVOR DE) o império e o feudalismo, mas para o espaço ocupado pela esquerda (o centro). A dereita tem tendência a parasitar o espaço possível e que lhe convém, gerado(GENERADO) pela esquerda, passando, em termos políticos, a denominá-lo de centro. Assim, a direita apropria-se do poder sempre que a esquerda abdica de sua identidade e da imaginação que cria(CREA) a mudança(CAMBIO) e o progresso. E tal acontece,entre outros factores, porque a esquerda continua, ainda hoje(TODAVIA HOY), presa na teia(TELA DE ARAÑA) dos fantasmas criados à volta da iedia que faz de si própria e da incapacidade de se libertar de fórmulas feitas e gastas(GASTADAS). Ou então, o que é ainda(TODAVIA) mais grave, face(DE CARA) à complexidade dos novos desafios, colocados a nível global, abdica dos sos princípios -a pluralidade ideológica da propria esquerda, a imaginação, a mudança, o progressismo- e deixa-se arrastrar para essa "coisa" incaracterística que llema o "centro". Esse espaço cinzento(GRIS) onde tudo se compra, tudo se vende e nada se troca(CAMBIA)".
Nota: emendei, agora, a transcrição do artigo, porque duplicado, conforme foi alertado pelo rproença.<7p>
Comments:
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Texto com interesse que ganharia em não ser postado em duplicado. Pessoalmente não ganho nada em ler duas vezes o mesmo.
r. proença refere-se às palavras em espanhol? Se sim pode ter razão, mas como andei à procura e não encontrei link para o texto em português ...
João Abel de freitas
João Abel de freitas
Não. Se ler com atenção, verá que texto está duplicado. "Escrito por O observador" pode ajudá-lo a localizar a partir de onde o texto se repete na totalidade.
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