2008-05-13
Braga não quer estátua a suspeitos de terrorismo
O Diário do Minho, um jornal identificado com a igreja católica colocou há dias na edição on-line um questionário que teve uma afluência inusitada o que não admira pois tratava-se exactamente de saber se os leitores apreciariam que a sua cidade fosse “ilustrada” com a estátua de um indiciado (para dizer o mínimo) colaborador e responsável moral da rede terrorista usada em 1975 e 76 contra o PCP, os partidos da esquerda radical, contra os sindicatos e o curso revolucionário do 25 de Abril de 1974:
Braga deve erguer uma estátua ao cónego Melo?
12.872 pessoas (cerca de 60%) responderam não, deixando – admito eu - em estado de choque os sectores extremistas da Igreja e embaraçado o presidente da câmara, Mesquita Machado, um autarca “dinossauro” do PS.
A favor da estátua responderam 7.652 votantes (35%).
Conclusão: ainda temos entre nós muita gente (católica, provavelmente) que apoia o terrorismo desde que seja contra adversários políticos ou então acreditam que o destacado activista do catolicismo fundamentalista não tinha nada a ver com as acções terroristas às quais não escapou sequer o padre Max, candidato à AR pela UDP.