2008-05-08
Portugal: Que medo (4)
A CGTP tem de perceber que os interesses dos trabalhadores e dos empresários nem sempre são opostos e que a alternativa aos "bancos de horas" são mais deslocalizações e mais desemprego. Já a UGT, que aceitou o princípio "em circunstâncias excepcionais", basta-lhe folhear os jornais para compreender que a actual conjuntura é de gravidade excepcional.
(Editorial do DN de hoje, com o sugestivo título de "Trabalhadores e patrões travam a mesma luta")
... enquanto o autor do texto (da responsabilidade da redacção do DN) deveria entender, pelo menos, quatro evidências básicas:
1 - Que o autoritarismo narrativo ("tem de perceber"), mesmo em espaços de opinião, trai os tiques autoritários, no sentido lato;
2 - Que discutir as propostas avançadas faz parte do jogo negocial;
3 - Que a força da argumentação de sentido único, além de pobre e estreita, disfarça mal a tentação de impôr soluções únicas.
4 - Que ninguém pode garantir - nem sequer o DN! - que os bancos de horas porão cobro às deslocalizações.
Quanto ao título do editorial, parabéns. Há muito que não lia nada tão corporativo no DN. Começo a perceber melhor o tipo de renovação que se está a operar por lá.
Ah! e ainda que o DN (ou quem o obriga) não "tem de saber" estas quatro elementares evidências, mas seria bom que as pudesse levar em conta...
(Editorial do DN de hoje, com o sugestivo título de "Trabalhadores e patrões travam a mesma luta")
... enquanto o autor do texto (da responsabilidade da redacção do DN) deveria entender, pelo menos, quatro evidências básicas:
1 - Que o autoritarismo narrativo ("tem de perceber"), mesmo em espaços de opinião, trai os tiques autoritários, no sentido lato;
2 - Que discutir as propostas avançadas faz parte do jogo negocial;
3 - Que a força da argumentação de sentido único, além de pobre e estreita, disfarça mal a tentação de impôr soluções únicas.
4 - Que ninguém pode garantir - nem sequer o DN! - que os bancos de horas porão cobro às deslocalizações.
Quanto ao título do editorial, parabéns. Há muito que não lia nada tão corporativo no DN. Começo a perceber melhor o tipo de renovação que se está a operar por lá.
Ah! e ainda que o DN (ou quem o obriga) não "tem de saber" estas quatro elementares evidências, mas seria bom que as pudesse levar em conta...