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2008-06-05

 

A intensidade energética

Ontem, estive em vários sítios e, a propósito da crise dos combustíveis, só ouvia dizer: Portugal tem uma intensidade energética muito elevada face à média da Europa.

E a conclusão era a de que, sem baixar essa "tal intensidade", Portugal jamais chegará a lado algum.

Certo. Não tenho é a certeza, ou melhor, acho que não erro se disser que a maioria dos que proferiam/proferem tamanha sentença, percebiam pouco da poda: o que é isso da intensidade energética? Porque quase davam a entender que é coisa fácil inverter a situação. Seria quase como carregar no botão e acender ou apagar a luz.

A coisa é um tanto quanto bem mais complexa e não é tão dificil de perceber.

Um pouco de luz sobre o assunto.

A intensidade energética é medida pela relação consumo de energia no País/ Valor acrescentado no país no sistema económico como um todo.

Mas há que relativizar os dois aspectos. Os consumos e o Valor acrescentado. De que forma?

Temos de ver se o consumo nacional de energia, no seu todo, é mais, menos que o de outros países da nossa dimensão populacional. Aqui os indicadores dizem-nos que não, embora haja grandes distorsões com o sector transportes em Portugal que assumem um valor disproporcionado face a outros países da nossa dimensão. Aqui está um ponto negro de irracionalidade sobre o qual há que actuar e que já deveria estar em curso há muito tempo.

Mas a grande questão é outra. Tem a ver com o valor acrescentado produzido no País. Portugal com o nível de energia consumida produz um baixo valor acrescentado e isto prende-se com o modelo de desenvolviemnto que tem vigorado em Portugal e sobre o qual a capacidade de mudança tem sido muito frágil.

Daí que ao fim e ao cabo o problema se configure a esta questão: sem encontrar um modelo de desenvolvimento que faça racionalizar os consumos energéticos e que com este consumo se crie mais valor acrescentado nada feito.


Comments:
Aparte todos os estudos e estatisticas, mesmso sem fazer muitos cálculos, quantos de nós, portugueses, ainda há poucos anos, saimos de trás do carro de bois, e da arreata do cavalo e do burro?

Com certeza, eramos a maioria.

Será que custa muito deixar o automóvel à porta de casa, e ir ao café a pé?

E ir à terrinha de comboio e autocarro?

E se deixassemos de lado as manias de que somos riquinhos e doutorzinhos, há uns anitos para cá?

Será que a gasolina não estará baratíssima?
 
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