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2008-06-15

 

Ora porr.., pá!

600 mil irlandeses disseram não a 500 milhões de europeus.
Submeter a referendo um tratado, e para mais um tratado que não se consegue ler, é obviamente um disparate. Bem fizeram os irlandeses, os 40% que se decidiram a votar, que aproveitaram para discutir sobre o que sabiam pelo menos alguma coisa, a política interna da Irlanda. Isto não quer dizer que a construção europeia não devesse ter sido toda ela submetida a um processo muito mais transparente, a um escrutínio muito mais democrático e naturalmente com recurso a referendos mas sobre questões fundamentais de fácil percepção.
Agora de calças na mão a Europa tem de inventar um truque para alterar as regras a meio do jogo e dar o dito pelo não dito.
______________
P.S.: Estava-se mesmo a ver que Sócrates cometia no mínimo uma imprudência ao dizer que o resultado do referendo da Irlanda comprometia o seu futuro político. O que o pode comprometer, já está a comprometer, é a crise energética, alimentar e bancária que ameaça abater-se sobre a Europa e sobremaneira sobre nós.

Comments:
Percentagem de Participação: 53.13% Votos Sim: 752,451
Votos Não: 862,415
http://www.referendum.ie/current/index.asp?ballotid=78


Não adianta desvalorizar, Raimundo. Foi uma vitória sólida e legítima do Não, de 110.000 votos. Aliás, teve mais 10% de participação do que o referendo mais participado de todos que por cá se fez...
 
Ao contrário do que o Raimundo escreve aqui, os 600 000 irlandeses (com 53% de votantes)disseram não aos burocratas de Bruxelas e ao seu projecto centralista e megalomano. Os restantes europeus não foram consultados sobre o assunto. Aliás todo este processo cheira a esturro, porque se procurou contornar na secretaria a vontade popular expressa nos referendos realizados na França e na Holanda.

Aliás a Comissão Europeia está a dirigir este processo no estilo "Mugabe", considerando que os voto dos eleitores se deve à sua ignorância e que a comissão europeia aí está para o ignorar e conduzir o processo na direcção "politicamente correcta".
 
Raimundo Narciso,

Bom post.

José Manuel,

Os burocratas têm as costas largas. Quem decide tudo são ministros em Conselho, ou seja os membros dos governos que todos nós elegemos. Os europeus elegeram uma maioria de governos de direita liberal (a começar pelos irlandeses) e agora gritam que não gostam.Pensassem no que fazem. Quem culpa os burocratas limita-se a repetir banalidades e demonstra que nada sabe do processo legislativo europeu. Para isso não há desculpa, basta saber ler. Até mesmo agora o caminho a seguir será decidido em Conselho de Ministros na cimeira de 5a e 6a. Sofia
 
que comparação mais absurda, da política Irlandesa ser de direita liberal. e aqui é o quê socialismo?
os Irlandeses podem ter o governo que for, mas decidem por eles o que querem, cá somos dirigidos por BRUXELAS e uns tantos RENEGADOS e novos ricos manholas. a IRLANDA é um país de nível europeu nós somos tugas.
 
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