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2008-07-19

 

"O petróelo verde" português

Já lá vão uns bons anos, um ministro da indústria de Portugal, referindo-se à floresta, disse que o nosso país tinha nela o "seu petróleo verde".

Era bem verdade. Ainda o é, no presente. Só que o filão verde não está a ser devidamente explorado.

E nunca o será, sem a intervenção decidida e decisiva do Estado. Sem isso, a potencialidade petróleo verde nunca passará a realidade.

Está na equipa política da Agricultura as grandes decisões neste domínio, designadamente porque, em termos de indústria há comptência e experiência, o que falta é matéria prima em quantidade e qualidade. Tudo isto é assim quer se pense no pinheiro, eucalipto ou cortiça, etc.

E temos agora a questão do nemátodo do pinheiro, já tinhamos problemas com a cortiça, sem falar dos incêndios. Será que toda esta problemática vai mais uma vez ser adiada? Há quanto tempo se sabe disto? O relatório Porter chamava a atenção para esta questão e propunha medidas. Para quando, pelo menos, e não é pedir muito, uma política de gestão das terras em baldio que o Estado possui e mantém improdutivas?

Uma dinâmica neste sector viria sem dúvida de encontro à afirmação, embora trivial do PR, de que é preciso aumentar-se a exportação de bens e serviços para sair da crise.

A propósito leia-se a entrevista "Áreas queimadas, baldios e nemátodo: Um descalabro"

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