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2008-08-28

 

Vejam lá ... que produção é esta?

Vejamos os factos. Portugal é dos países da União Europeia com mais agentes de polícia por mil habitantes (4,5 agentes).

Quem o diz é José Alho, dirigente da Associação Sócio-Profissional da GNR. Vamos aos números:

GNR - 26 mil militares
PSP - 22 mil agentes

Se a estes números juntarmos os do SEF e da PJ obtemos o rácio de 4,5 agentes por cada mil habitantes. A Espanha só tem 2,4 agentes por cada mil habitantes.

José Alho comenta esta situação dizendo que as forças de segurança de Espanha são de longe muito mais eficientes mesmo com um rácio menor e aponta duas razões: Primeira só um terço destas forças anda na rua e depois acrescenta "enquanto não mudarem leis a criminalidade vai aumentar".

Muita é a matéria para pensar.

Os partidos da oposição continuam a dizer que há falta de polícias, o que é um erro de análise e de perspectiva política, se os rácios do dirigente associativo estiverem certos. A questão não está, então, na falta de agentes da segurança, mas na sua organização e funções. Um polícia carpinteiro, pedreiro, sapateiro, etc, o que é isto? Que a oposição conteste o governo, tudo bem, mas de forma certeira.

Este governo que tem vindo a mexer em muita coisa ainda não conhece este acumulado de erros de sucessivos governos que urge mexer para bem do País? Da nossa melhor segurança e dos nossos bolsos. Irá cair na tentação de admitir mais agentes, a não ser para certas funções altamente qualificadas? Dois terços de agentes fora das funções em actividades a executar por outras pessoas com outras qualificações não é concebível.

E quanto a leis, não é o meu domínio, mas diz-me o bom senso se toda a gente com uma certa preparação na matéria entende que se deram passos em falso, nada custa ao governo e em especial ao Ministro da Justiça actual fazer meia culpa. Caso entenda continuar na sua, vai obrigatoriamente perder a corrida e dentro em breve a solidariedade de alguns dos seus colegas de Governação, o que já é visível. Aguardemos o que nos reserva o Procurador Geral para logo.

Comments:
Afinal os nossos agentes de segurança são contratados para tudo, menos para tratar da segurança. Só assim se percebe, como isto vai mal. Se até as associações de tipo sindical já admitem isso, é porque a coisa deve ser ainda pior.
 
A GNR e a PSP têm algumas oficinas próprias para reparação de veículos de duas e quatro rodas, mas não sei se os mecânicos respectivos são considerados polícias ou guardas republicanos.
De resto, a logística técnica faz parte das instituições de todo o Mundo e também os sistemas de informação e informatização, tanto nas polícias como nas forças armadas, estado, empresas, etc. Não vejo porque em Portugal deverá ser diferente.
Na Alemanha, acompanhei uma vez uma pessoa de família que foi fazer queixa do roubo do seu carro e foi atendida na polícia por um agente fardado mais idoso que encaminhou o processo e registou tudo no computador. Via-se que o homem já não era muito próprio para andar na rua, pelo que fazia trabalho burocrático. Acontece cá o mesmo na Direcção de Trânsito.
O exército português nas colónias foi, sem dúvida, aquele que combateu em tempos modernos com unidades mais ligeiras e mais desprovidas de burocracias, logística, etc. Mesmo assim, praticamente só um pouco mais de metade do pessoal era mesmo combatente. Os outros tratavam da lagística, etc. Nas forças amaericanas o rácio é ainda menor para o número de combatentes.
Jornalblog A Luta
 
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