2008-09-25
Ana Sara Brito ...
A grande desilusão ou, em linguagem mais popular como há pouco ouvi comentar no café, "que grande bronca. Quem diria?! Vereadora teve casa da câmara 20 anos
Que vai fazer Ana Sara Brito? Não conheço por dentro a situação (só sei o que li nos jornais). Admito haver atenuantes. Só não há, tendo sido duas vezes vereadora da CML, ainda por cima do pelouro, para manter a situação.
Ana Sara Brito tem uma saída: solicitar um inquérito sobre a ua situação para que se apure tudo, suspender a actividade de vereadora e depois face aos resultados do inquérito tomar a atitude que se imponha. Uma saída por fases, dirão alguns uma saída moderada. Não acho isso. Uma saída sustentada. Antes porém deve pedir desculpa a António Costa, à vereação e aos lisboetas, por ter aceite ser candidata numa situação muito dúbia face à Autarquia.
Não deixa de ser estranho que as castanhas rebentem agora. Será por vir aí o tempo delas?
A minha opinião é de que esta Srª.face ao que se sabe, deve pedir a demissão do lugar. Só assim dignificará a politica e o PS.
Nestes casos não se pode ter dois pesos e duas medidas.
Paga 146 euros? pois... é que há muita gente a pagar 40, 50 euros,a particulares e que alugaram as casas nos anos oitenta, em 1987 o salário mínimo era de 51 euros esta renda correspondia a quase três salários mínimos!
É preciso que a imprensa investigue o que é realmente importante, nas autarquias a corrupção tem proporções assustadoras.
Enquanto estamos a discutir uma ninharia, aproveitada para que o Zé Povinho diga que "são todos iguais" há milhares de situações que já deviam ter sido investigadas, mas, dá muito trabalho é mais fácil "encher" com as informações que chegam à redacção sem reflectir ou estudar as questões de todos os ângulos.
Em 06.11.2007, numa reunião que tive com a Senhora Vereadora Ana Sara Brito, fui mimoseado com uma série de frases humilhantes, pretendendo a Senhora Vereadora demonstrar uma superioridade moral que afinal parece não existir. Usufruir durante 20 anos de uma habitação da Câmara, começando por pagar em 1987 uma renda de 6 ou 7 mil escudos mensais e 29 mil escudos em 2007! Estamos a falar de alguém que aufere actualmente mais de 700 contos mensais. A Senhora Vereadora, durante 20 anos, admitiu que se sentiu de consciência tranquila com tal situação. Então porque renunciou ao contrato em Dezembro de 2007 se se sentia tão tranquila de consciência? A resposta é simples: É que a Senhora Vereadora fez denuncias de ilegalidades, nomeadamente na GEBALIS e, ao mesmo tempo, decorria na Câmara uma investigação sobre irregularidades na atribuição de casas pelos anteriores Executivos. Temendo que a sua situação viesse a ser descoberta, a Senhora Vereadora apressou-se a pôr fim a uma situação escandalosa mas que afinal, em seu entender, era normalíssima e tinha contrato da responsabilidade do bom e saudoso Presidente Engº Nuno Krus Abecasis...
Pois foi esta Senhora Vereadora que numa reunião em 06.11.2007, usando de um incompreensível autoritarismo, me brindou com um discurso moralista e humilhante, cujas frases proferidas, (algumas a seguir reproduzidas), têm afinal um fraco e falso valor. "Os recursos da Câmara devem ser bem racionalizados e direccionados para os que mais precisam", "a cidade é um todo e não pode haver guetos para situações especiais". E respondendo às denúncias que lhe fiz nessa reunião sobre um determinado Departamento da Câmara, respondeu: "Toda a gente comete erros mas o DGSPH fez um excelente trabalho e a prova de que há lá gente com valor é que eu fui lá buscar uma pessoa para presidir aos destinos da GEBALIS". Disse muitas outras coisas mas estas frases caracterizam perfeitamente a Senhora Vereadora sobre o que apregoa e o que realmente faz.
Quando entregou a casa porque concluiu que estava a lesar o erário público e não renunciou ao cargo, esteve igual a si própria pois tal atitude é equivalente à sua prática ética e moral.
Há quem diga que a Senhora está chamuscada. Não está só chamuscada, a Senhora Vereadora está com queimaduras de 2º e 3º grau que a vão obrigar a afastar-se de um cargo para o qual nunca teve perfil e que agora deixou de ter condições de desempenho. É uma questão de tempo.
A Câmara de Lisboa está, infelizmente, impregnada de cobardes que se escondem por trás de telefonemas anónimos ou, como é o caso, de monitores de computadores.
Que se levante uma investigação no que diz respeito às acusações levianas e falsas, aqui proferidas relativamente a Clara Laranjo.
Ass: Catarina Laranjo
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