2008-09-29
A crise financeira ampliada
A não aprovação do plano Paulson pela câmara dos representantes (Congresso) veio ampliar o nervosismo nos mercados financeiros americanos e europeus e trazer algum pânico.
O plano Paulson, assim baptisado pelos "mídia", tem pouco de plano e muito de "cheque em branco" ao Tesouro americano.
Para muitos economistas de universidades de renome dos EUA esta medida de Paulson é um erro que enferma de três grandes defeitos: injustiça, ambiguidade e efeitos de longo prazo.
Para muitos economistas americanos não é aceitável que os financeiros de Wall Street que decidiram correr elevados riscos retirando daí elevados lucros, sejam isentados desses erros e, pelo contrário, seja o Tesouro a pagá-los por via do contribuinte. Nesta medida proposta, é o Estado que se responsabiliza por comprar os "activos tóxicos" dos bancos, activos esses criados por gestão danosa. Se houve gestores condenados e presos noutras situações recentes não se percebe a diferenciação agora.
O que é preciso, acima de tudo, defendem esses economistas é impedir que os Americanos incapazes de pagar os seus créditos e ameaçados de expulsão de sua casa não o sejam e não a defesa dos especuladores de Wall Street.