2008-10-24
A Introdução de novos medicamentos no mercado português
Um estudo do Instituto Karolinska da Suécia, apresentado ontem no 3º congresso português do cancro do pulmão, em Albufeira, compara o panorama do tratamento em 20 países europeus e sublinha o atraso português de medicamentos inovadores para o tratamento desta doença.
Um dos motivos desse atraso deve-se à morosidade do Infarmed no processo de introdução desse novos medicamentos a que este instituto público responde que ninguém fica por tratar porque se pode importar.
Só que e fala quem já teve necessidade de importar um medicamento não distribuído no mercado português, a importação precisa de muita burocracia: tem de ir ao Infarmed requerer, depois tem de ir saber se foi autorizada a importação, depois tem de ir ao serviço da TAP e depois levantar o dito medicamento. Se juntarmos a tudo isto o tempo, os telefonemas, as deslocações, o preço que se paga é elevadíssimo.
Para o Infarmed deve ser uma boa medida atrasar a introdução dos medicamentos, até porque medicamento importado não tem comparticipação alguma. Mais um custo que suporta o doente.
Gasta-se tanto dinheiro na saúde para ficar com uma má saúde. É demasiada a ineficácia e se há sítios onde era preciso mudar o Infarmed é um bom exemplo.