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2008-10-09

 

O debate quinzenal

José Sócrates no debate quinzenal de ontem surpreendeu as oposições com as medidas que levou ao Parlamento, retirando-lhes alguma margem de brilho. Até Francisco Louçã que costuma destacar-se nestas andanças teve um dia um tanto acinzentado.

Questionar-me-ão sobre o mérito das medidas apresentadas para a reabilitação da economia portuguesa.

Diria apenas vão no bom sentido. É interessante a instituição dos 2 escalões de IRC. É importante a linha de crédito para as PME's, cuja aplicação deve ser norteada por uma política de selectividade qualitativa. São importantes as medidas na área social que foram avançadas, faltando neste domínio uma palavra sobre os salários.

No meu entender, deveria o governo apresentar o compromisso no sentido da agilização do funcionamento e até de revisão dos programas do QREN, por que muitos projectos de investimento poderiam ser financiados por este intermédio sem aumento dos seus custos financeiros.

Mas o tema escolhido foi o da crise financeira. Aqui, mais uma vez, a balança pendeu para o lado de José Sócrates, pois só o governo é que poderia dar garantias aos utentes da banca de que não perderão as suas poupanças e fê-lo no sentido de dar alguma confiança e de garantir que intervirá caso algum banco entre em dificuldades.

Penso que apesar do BCE ser independente que os governos não estão impedidos de falar sobre o que pensam da sua actuação. Ou será que isso só é permitido aos grandes países?


Comments:
Sócrates saiu-se bem, levava a lenga-lenga, bem preparada. A oposição concordo não esteve á vontade no tema. A direita porque a crise é uma faca atirada ao peito. A esquerda do PS também tem problemas porque os esquemas que implicitamente defendem ruiram. Sócrates apenas se esqueceu de devolver a Paulo Rangel e à sua tutora "os direitos de autor" de quem instituiu os adiantamentos por conta, a Drª Ferreira leite.
 
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