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2008-11-11

 

A crise na Educação

Não me parece possível que o governo de José Sócrates possa passar ao lado da grande manifestação de sábado passado dos profissionais do ensino.

120 000 pessoas na rua, vindas do país inteiro, mobilizadas pelos problemas do ensino, é muita gente, neste País.

E, por muito pouco, que o governo acredite na bondade dos sindicatos, este descontentamento com o poder, corporizado no Ministério da Educação, não pode ser escondido. O Governo deverá pensar que algo existe e que não se trata de uma realidade virtual. Se a isto se juntar ainda a situação que reina nas Universidades quanto ao financiamento, o panorama de todo o ensino em Portugal não é nada incentivador, nem promissor para uma mudança radical necessária, mas operada com uma grande participação dos actores do sector.

Causas de tudo isto? Muitas, antigas e de fundo e não podemos esquecer que grande parte das condicionantes da evolução deste nosso País passa pela Educação e também pela Justiça.

Mas os problemas não se resolvem sem um entendimento maior ou menor entre os diversos actores e pouco vale andar a criar instrumentos meio ardilosos para dizer que as coisas estão a avançar.

Embora me pareça que a questão do momento que está a condicionar tudo ou quase tudo é a da avaliação dos professores e que, na prática, há sempre uma reacção a todo o tipo de avaliação, se a entendemos necessária e, em meu entender, é, com vista a lançar e instituir um ambiente de responsabilidade, de qualquer modo, todos os cuidados são pouco na escolha e montagem desses processos e métodos.

E será que a a ctual equipa do Ministério não estará demasiado desgastada para conduzir processo tão delicado? Porque razão o PM não chama a si temporariamente a condução do mesmo?

Comments:
Eu cá sou completamente contra a burocracia. E fico incomodado só de pensar nas horas que os professores dizem que são obrigados a passar no preenchimento dos papéis (neste séc. XXI) do controlo de qualidade, digo, do sistema de avaliação. ;-)

Mas há uma coisa que eu não posso deixar passar em branco: em mais de um ano de discussão, onde está a proposta alternativa dos professores? Os profissionais do ensino não conseguem pensar numa, ao fim deste tempo todo? Só sabem dizer que não e deitar abaixo? Onde está a atitude construtiva que tanta falta faz e que os professores, tanto como ninguém, têm que ter?
 
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