2008-11-17
A esquerda francesa
A política francesa é ritmada pelos grandes ciclos dos mandatos presidenciais, mesmo se teoricamente tanto Portugal como a França têm regimes semi-presidencialistas, na prática no regime francês da V República o presidente tem um papel determinante sobretudo quando o parlamento e o presidente são da mesma família política. Após a revisão constitucional que reduziu o mandato presidencial para cinco anos as datas das eleições foram alteradas de tal forma que as legislativas se realizam nas semanas seguintes às eleições presidenciais.
A esquerda sofreu pesadas derrotas nos dois últimos ciclos: em 2002 com a eliminação de Jospin na primeira volta e em 2007 com a eleição de Nicolas Sarkozy. Hoje em dia a crise económica tem demonstrado a falência de muitas das medidas defendidas pela maioria actual, por exemplo, o incentivo ao endividamento das famílias através da desregulamentação do crédito era uma das propostas chave de Sarkozy. A esquerda governamental (PS e PC) não conseguiu ainda ultrapasar a críse profunda gerada pelas duas derrotas consecutivas e tem-se perdido em guerras internas sem ser capaz de ter uma mensagem clara nem de assumir propostas alternativas.
A imagem que deu o PS no seu congresso do fim de semana é simptomática, uma pequena minoria da ala esquerda chefiada por Mélanchon abandonou o partido após a victória da moção Royal no congresso. Após três dias de congresso restam três candidatos: Ségolène Royal com uma estratégia claramente mediática e uma proposta de tipo bloco central, Martine Aubry e Benoit Hamon com um posicionamento mais claramente à esquerda. Ver aqui para mais informações.
A esquerda sofreu pesadas derrotas nos dois últimos ciclos: em 2002 com a eliminação de Jospin na primeira volta e em 2007 com a eleição de Nicolas Sarkozy. Hoje em dia a crise económica tem demonstrado a falência de muitas das medidas defendidas pela maioria actual, por exemplo, o incentivo ao endividamento das famílias através da desregulamentação do crédito era uma das propostas chave de Sarkozy. A esquerda governamental (PS e PC) não conseguiu ainda ultrapasar a críse profunda gerada pelas duas derrotas consecutivas e tem-se perdido em guerras internas sem ser capaz de ter uma mensagem clara nem de assumir propostas alternativas.
A imagem que deu o PS no seu congresso do fim de semana é simptomática, uma pequena minoria da ala esquerda chefiada por Mélanchon abandonou o partido após a victória da moção Royal no congresso. Após três dias de congresso restam três candidatos: Ségolène Royal com uma estratégia claramente mediática e uma proposta de tipo bloco central, Martine Aubry e Benoit Hamon com um posicionamento mais claramente à esquerda. Ver aqui para mais informações.