2008-11-03
Pagar as dívidas em atraso
É uma medida que, em si, nada tem de especial. Deveria ser um acto normal da Administração.
Mas estamos, em Portugal, e este acto normal, corrente, nunca foi assim encarado, por nenhum governo anterior.
Se o governo de José Sócrates "carrilhar" bem agora e no futuro como governante fica ligado a uma grande mudança, porque contribuiu de forma decisiva para inverter uma situação que sempre tem sido uma praga da nossa Administração Pública.
A ideia, segundo percebi, é que a dívida do Estado às empresas de cerca de 1200 milhões será paga no prazo de três meses e que às Autarquias e Regiões Autónomas irá ser concedida uma linha de crédito de 1250 milhões para regularizarem também a sua dívida com as empresas.
Que é uma boa medida neste tempo em que o acesso ao crédito está difícil vê-se pelas reacções dos empresários.