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2008-12-14

 

Dar mais Esquerda à Esquerda

A esquerda não é tirana, ou sendo mais preciso, não o deveria ser, embora tenha esse grande pecado com os seus, no seu curricula. Cada esquerda pensa que é Ela a esquerda. Ela e só ela, embora às vezes disfarce. Por isso, dificilmente se entendem. Esperemos que este longo ciclo tenha um fim, melhor diria, estivesse a chegar a um fim.

Como elemento de esquerda que penso ser, certamente também pecarei no mesmo estilo. Tenho dificuldades em dialogar sobre certas áreas "que penso ter certezas e conhecimento" e que é preciso, entendo eu, mudar radicalmente para bem da comunidade. Por exemplo, a Administração Pública".

Estive hoje num "mundo da esquerda". Estive a assistir ao painel de economia do encontro das esquerdas na Cidade Universitária. Concretizando de forma estereotipada: a esquerda de Manuel Alegre, Carvalho da Silva e Francisco Louçã.

Interessante pelas pessoas, por algumas ideias, algumas muito à antiga. Ainda se anda, em alguns casos, a pensar que entrar na CEE, hoje UE, foi o descalabro para este nosso País, então tão atrasado. Mas a memória escasseia!

O painel de economia, de uma forma geral, correu bem, fora a linguagem predominantemente universitária, de algum modo inacessível, penso para muitos dos presentes. Por outro lado, estranhei que tendo o governo de José Sócrates anunciado ontem uma série de medidas no campo da economia, elas não tenham sido minimamente abordadas.

Ideias de que gostei, certamente por coincidirem com as minhas. É um vício, concordar connosco. O Estado estratega, como ideia estruturante do modelo de desenvolvimento de esquerda, em que o desenvolvimento do País deve ser orientado para uma distribuição da riqueza em benefício de todos, de forma graduada atendendo ao nível participativo (isto digo eu).

O Estado estratega versus Estado regulador, que pouco é e sem estratégia mínima de base nada vale. Veja-se entre nós o papel regulador da Autoridade da Concorrência nos preços dos combustíveis.

Foi a ideia que mais me disse, embora precise de grande refinação. Sobre o papel do Estado, o que se disse achei confuso e pouco exequível e nada consensual. na maior parte dos casos não se passou de generalidades.


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