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2008-12-17

 

Praças offshore... e conteúdos "semânticos"

Ontem ou anteontem, encontrei na estante um livro recente, 2004, Le Capitalism Clandestin e pus-me a reler umas quantas passagens. Nos dias que correm, torna-se interessante esta diferenciação "semântica", sobre offshore em línguas diferentes.

A dada altura encontrei esta nuance diferencial sobre o conteúdo de offshore. O autor a questionar-se e a opinar sobre a expressão inglesa "Tax haven" versus "Paradis fiscal", expressão francesa.

Para o autor "tax haven" é uma expressão bem mais próxima do sentido original que a de "Paradis fiscal", pois esta última é limitativa da apreensão do verdadeiro conteúdo de offshore.

"Tax haven" significa "porto fiscal" que, no século XVII, designava os lugares, cidades portuárias, muitas vezes estabelecidas em pequenas ilhas, que aceitavam recolher os piratas e, sobretudo, o fruto das suas pilhagens, dando-lhes protecção. O sentido original de "tax haven" não é assim o de uma zona que atrai o cliente pela taxa de imposto mais baixa. Pelo contrário, ela respeita aos lugares/praças que, contra uma determinada remuneração, oferecem protecção aos depósitos das pilhagens. "Paradis fiscal" inverte, em parte, o sentido da procura.

Desde 1998, na base de um relatório das Nações Unidas sobre esta temática diz-se que as praças offshore "comercializam" a sua soberania.

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