PUXAPALAVRA

Bem me tinham avisado. Mas eu não acreditei. Há meses que desisti deste maldito serviço. Já expliquei que os técnicos foram os próprios que garantiram que o sinal de internet não chegava ao escritório, razão porque desisti no próprio dia... já lá vão mais de dois meses. Só que a partir daí o meu sofrimento tem sido uma Via Sacra. Durante semanas recebi imensas chamadas telefónicas para marcar um novo dia para a instalação de algo que não queria e que tinha devidamente informado.
Não os quero maçar com a lengalenga estúpida. Repeti sempre a mesma coisa. Tirem-me do raio do sistema. NÂO QUERO..
Mas de nada serviu. Um dia, recebo uma factura para assinar, com número de cliente atribuído. Telefonei esbaforida para o número indicado protestando a ousadia. Conclusão. Eu ainda estava indicada como potencial cliente. NÂO SOU, repito.
"Então rasge o contrato porque este deve ter sido emitido antes da senhora desistir». Mentira. Não pode ser. Eu desisti no próprio dia em que fui visitada pelos técnicos. Só quero que me deixem em paz. Tenho esse direito.
«Vou então deixar essa indicação", disse mesma voz não identificável.

Passaram-se dias e eu respirei fundo. Deixei de ouvir aquela introdução "daqui fala da PT", sabendo eu o que vinha a seguir e que me punha os nervos em pé.
Falso. Entrámos no ano 2009. E qual é o primeiro telefonema que recebo, imagine? Uma nova chamada do MEO. Hoje, há menos de duas horas.
"É só para lembrar que a senhora....»
NÃO. Não me lembra nada. Por amor dos deuses. Marketing não é isto. Serviço de clientes não é isto. Comercial não é isto. Isto é gozar com as pessoas. Juro que se receber mais uma chamada da PT a propor um serviço que eu rejeitei tenho de tomar medidas. Acabou-se a paciência para aturar uma empresa que dá a imagem que não sabe o que faz.

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