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2009-02-22

 

Miguel Portas sacrifica-se ao PE

Os media anunciaram hoje que o BE confirmou Miguel Portas como candidato ao Parlamento Europeu. O que me impressinou não foi tal decisão que naturalmente pressupôs a eventual boa prestação no cargo do euro-deputado cessante. O que me impressionou foi o meu amigo Miguel Portas ter andado na comunicação social a anunciar a sua disponibilidade para a função. Ora eu pensava que tais anúncios só ficavam bem quando o cargo pretendido, sendo importante para a comunidade, exigisse sacrifício pessoal, entrega à causa, renúncia, abnegação... Ora a prateleira dourada que é o PE, dinheirama e passeatas, é o contrário de tudo isto. Eis a política (com p pequeno) no seu máximo explendor.
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Adenda estimulada pelo comentário ali em cima, no post sobre o Vital Moreira, do José Manuel Beleza a quem daqui cumprimento.
Ainda este post ia pelo éter a caminho do servidor do Blogspot, algures nas Américas e já me arrependia de não ter posto as coisas direitinhas. Mas, confiante na invisibilidade paroquiana do post, conformei-me na convicção de que ninguém daria por ele. Enganei-me. Há sempre um incauto que acaba por ler o que não vale a pena ser lido. E assim, aqui estou a ter de me corrigir.
"Ora a prateleira dourada que é o PE, dinheirama e passeatas" - disse eu ali - se caracterizava o PE nos seus primórdios a realidade hoje em dia é algo diferente - a crer no que vejo de relance na nossa cada vez mais tabloidizada imprensa. Melhorou e o PE ganhou poderes e visibilidade e tem um papel mais relevante na definição do rumo desta grande experiência política que é a construção da UE (federação é a minha opção de europeista. Ainda que federação sui generis).
Portanto retiro a expressão. Além disso não sei se no Bloco os eleitos (mais no sentido Bíblico) são obrigados a dar parte da "dinheirama" ao partido como sucede ou sucedia nalguns partidos da esquerda.
Quanto à questão que motivou o post "...ter andado na comunicação social a anunciar a sua disponibilidade para a função" continuo a achar desalentador. Mas sei muito bem que, na praxis política dominante, não para todos, mas para muitos, quem quer um lugar para o qual sobejam militantes dispostos a "sacrificarem-se", a coisa passa-se assim. Anuncia-se disponibilidade, oferece-se sacrificio. Pede-se, implora-se, ameaça-se. É a vida - já lá dizia o outro.

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