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2009-02-16

 

Obama visto por Faranaz Keshavjee

Faranaz Keshavjee é
portuguesa, muçulmana ismaelita , "estudiosa de assuntos islâmicos" e concita um ódio de estimação nalguns blogs de extrema direita. De um seu artigo de opinião (Público 2008-02-15) seleccionei o seguinte:

"Há uma tradição americana que se mantém desde há mais de 50 anos, na primeira quin­ta-feira de Fevereiro. Um pequeno-almoço nacional, ao qual se juntam os presidentes eleitos dos Estados Unidos - No dia 5 de Fe­vereiro Obama cumpriu o ritual,
...
O discurso está publicado no site da Casa Branca e vale a pena ler. Num sentido humanista e humanitário este líder singular preconiza a sintonia e harmonia das múltiplas identidades que, de resto, fazem parte da sua própria história devida, e consegue, de forma muito particular, tocar os corações e as motivações não apenas dos ameri­canos mas de gente que noutras partes do mundo se revê nesse americanismo que Obama representa.

Barack Hussein Obama citou Santo Agostinho: “Reza como se tudo dependesse de Deus; trabalha como se tudo de­pendesse de ti.”
...” Reconhecendo as diferen­ças nas escrituras de cada religião, reconhecendo que o proselitismo tem os seus limites e dificuldades, Obama recordou Jesus, a Torah e um hadith do Profeta Maomé.
...
Barack Hussein Obama não é um messias, nem um profeta. Mas é decerto um homem sábio. As suas palavras e ideias resultam de experiências múltiplas, culturais e religiosas.

No dia da Oração Nacional ao Pequeno-almoço, Oba­ma prometeu que iria criar um departamento de apoio aos grupos religiosos e não religiosos que quisessem colaborar socialmente e ajudar a ultrapassar a crise eco­nómica. Não lhe interessa pôr em causa a separação entre política e coisas da fé que o secularismo teve o mérito de conseguir. Interessa-lhe usar a fé ao serviço dos que dela dependem e que nela confiam e beneficiar dos serviços e apoios destas organizações para melho­rar as condições de vida de alguns grupos sociais. Para além dos líderes que saem e entram no seu Governo podíamos prestar mais atenção às políticas sociais e económicas que advoga. Tínhamos mais a aprender. "

Comments:
Em boa hora cá passei para ver as palavras que puxam as palavras.
Ainda estou em época de avaliação do Obamas, por precaução reduzi as espéctativas ainda antes de ele ser eleito.....
JN
 
Obama em vez de Bush é uma mudança como da noite para o dia;)
Já se vê a diferença e mais se verá. Mas tem uma conjuntura terrível pela frente e isso não ajuda (ou talvez ajude) a revelar as potencialidades do homem. No entanto... é apenas um homem ainda que presidente dos EUA!
 
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