2009-03-13
O Cenário da Nacionalização da Banca
Mas tal objectivo está longe de ser atingido. O FMI estima que os bancos americanos e europeus vão ter necessidade de mais injecções de dinheiro em 2009 e 2010, para além dos esforços dos governos até então e das outras medidas de apoio, como as garantias sobre os depósitos, etc.
Então porque não avança o poder público de forma clara para a nacionalização a 100%?Será que a nacionalização resolve de forma mais apropriada a limpeza dos activos “tóxicos”?
Será que resolve a questão importante de quem vai pagar as perdas?Agnés Benassy-Queré, Directora do CEPII- Centro de Estudos Prospectivos e Informações Internacionais recomenda tomar como modelo as medidas adoptadas em 1990 a quando do salvamento do sistema financeiro sueco em que o Estado Sueco tomou o controlo dos estabelecimentos bancários para os reestruturar e revender depois e a operação não acarretou encargos muito dolorosos para as finanças públicas: “ uma vez o banco nacionalizado, o activo e passivo ficam nas mãos do Estado e então a valorização dos activos duvidosos tem menor importância relativa. O Estado pode criar mais depressa uma estrutura de saneamento para que a parte sã do banco se desenvolva mais depressa, financie mais rapidamente a economia e assim o possa revender em condições económicas mais vantajosas - explica Agnés-Queré.
Etiquetas: banca, intervenção do Estado