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2009-03-13

 

ALEGRE alegre ALEGRE alegre ALEGRE


-Já sentiu?
- Já senti.
Uuuuffff... "Já sentiu". "Pronto, já sentiu" e aliviado o povo que parara atónito em frente da montra que mostrava a SIC Notícias, a dar a notícia em primeira mão, seguiu caminho aliviado - já passava das 19h - de regresso a casa.
Não é nada de íntimo. É Manuel Alegre. Que é e não é. Que sai e não sai. Que vai e não vai. E o país... a braços com o furacão da GRANDE CRISE, não sabe se há-de soçobrar ou não com esta dúvida sistemática de Manuel. Alegre sai do PS? Não sai. Sai? Não sai.
E o MIC? O MIC, Senhor?!
A jornalista interrogava Manuel Alegre. Já sentiu sinais de José Sócrates a demarcar-se das declarações de José Lello? Já senti. Respondeu, conciliador, Manuel Alegre. Que sem esses sinais seria difícil aceitar a sua continuação como deputado na próxima legislatura.
Ora é bom que continue como deputado. Porque Alegre é um bom poeta e bom político e o seu lugar é no parlamento. E é tanto assim que aí pelos fim da década de 80 (mais ou menos) a distrital de Coimbra esqueceu-se de meter Alegre na lista de deputados. Alegre ficou tão indignado, tão estupefacto, tão assombrado e sem explicação para tão inexplicável facto que veio para os jornais dizer que nem no tempo da PIDE tinha sofrido tamanha afronta. Nem no tempo da PIDE tinha sofrido tamanha afronta?!...
Ainda bem que a situação está ultrapassada. Pelo menos até amanhã de manhã.
Manuel Alegre sentiu. Sinais de José Sócrates. A demarcar-se intimamente. Das blasfémias de José Lello. Que o acusara de qualquer coisa grave de que já não me lembro.

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Comments:
Texto genial! A crise leva-nos a redimensionar a importância das coisas. Sofia
 
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