2009-04-25
O discurso que não agradou às oposições
Dois temas principais marcaram o discurso de Cavaco Silva hoje no Parlamento na comemoração do 25 de Abril: a crise económica e os 3 actos eleitorais futuros.
Às oposições interessava que Cavaco Silva insistisse no clima de crispação com o governo, porque lhes dava folego e consistência nos ataques contínuos ao governo, tanto mais que se aproximam as campanhas eleitorais.
Mas a Cavaco interessava suspender essa crispação para não ser acusado de chefe de oposição tanto mais que se aproximam as eleições para o PE.
Mas o que as oposições não devem ter gostado é o apelo de Cavaco a que "não é o tempo para promessas fáceis" porque p
or detrás desta frase tanto pode estar a discordância de Cavaco com certos grandes projectos que todos sabemos não têm o seu apoio, mas como os Presidentes da República costumam falar como oráculos, também podem estar aquelas promessas em que nesta fase de crise e de eleições há um terreno fértil para prometer este mundo e o outro.No discurso de hoje Cavaco Silva veio demonstrar que entrou numa de trégua, talvez "camuflada". Os resultados de 7 de Junho, logo nos mostrarão qual o curso do episódio que se segue.