2009-05-21
FOI PRECISO GRAVAR
A história da sexualidade da professora de história é uma história pornográfica do ensino.
O que mais irrita é sabermos que, afinal, já havia queixas dos alunos mas ninguém acreditava. Foi preciso gravar, o que é ilegal, dizem.
Ilegal?
Se a palavra dita não é meio de prova, então o que é meio de prova?
E quando os jornalistas usam câmaras ocultas nas reportagens para denunciar situações que de outra forma seria impossível trazer a lume?
É legal? Só nas salas de aula é ilegal? Porquê?
Numa situação destas a aluna só fez o que tinha a fazer. O Direito de tornar público um comportamento irresponsável, ditatorial, ameaçador e incomportável em qualquer sistema de ensino.
Esta aluna deveria ser agraciada com a Ordem de Mérito, da Democracia, e do bom que o 25 de Abril trouxe às novas gerações. Reagir perante o insuportável.
O que está mal são os adultos imbecis que olham para a sala de aula como o divã do analista onde podem exorcisar fantasmas, onde podem exercer o poder totalitário. A palmatória continua na cabeça de muitos com mutações várias. Uma sala de aula é outra coisa. E eu esperava que os professores soubessem disso.
Mais uma vez recordo o caso do Padre Frederico na Madeira.
Todos sabiam do assédio sexual do sacerdote a menores, incluindo a Igreja, os alunos, pais e professores de uma escola de Machico onde Frederico ministrava "religião e moral" (até dá vómitos).
Todos falavam mas ninguém denunciava, nem actuava. Pena que não tivesse havido um aluno com coragem para filmar essas aulinhas em que o padre apalpava crianças, simulava sacrifícios físicos e passava filmes de Almodover.
Talvez não tivesse havido a morte de um adolescente de 15 anos atirado de um abismo pelas mãos deste homem, trazido de Roma pelo então Bispo do Funchal, Teodoro Faria. Frederico fugiu da prisão de Vale dos Judeus. Está no Brasil "numa boa", a beber água de coco e a benzer santinhas à boleia de uma fuga bem apadrinhada. Ainda querem que eu respeite a mitra.
O que mais irrita é sabermos que, afinal, já havia queixas dos alunos mas ninguém acreditava. Foi preciso gravar, o que é ilegal, dizem.
Ilegal?
Se a palavra dita não é meio de prova, então o que é meio de prova?
E quando os jornalistas usam câmaras ocultas nas reportagens para denunciar situações que de outra forma seria impossível trazer a lume?
É legal? Só nas salas de aula é ilegal? Porquê?
Numa situação destas a aluna só fez o que tinha a fazer. O Direito de tornar público um comportamento irresponsável, ditatorial, ameaçador e incomportável em qualquer sistema de ensino.
Esta aluna deveria ser agraciada com a Ordem de Mérito, da Democracia, e do bom que o 25 de Abril trouxe às novas gerações. Reagir perante o insuportável.
O que está mal são os adultos imbecis que olham para a sala de aula como o divã do analista onde podem exorcisar fantasmas, onde podem exercer o poder totalitário. A palmatória continua na cabeça de muitos com mutações várias. Uma sala de aula é outra coisa. E eu esperava que os professores soubessem disso.
Mais uma vez recordo o caso do Padre Frederico na Madeira.
Todos sabiam do assédio sexual do sacerdote a menores, incluindo a Igreja, os alunos, pais e professores de uma escola de Machico onde Frederico ministrava "religião e moral" (até dá vómitos).
Todos falavam mas ninguém denunciava, nem actuava. Pena que não tivesse havido um aluno com coragem para filmar essas aulinhas em que o padre apalpava crianças, simulava sacrifícios físicos e passava filmes de Almodover.
Talvez não tivesse havido a morte de um adolescente de 15 anos atirado de um abismo pelas mãos deste homem, trazido de Roma pelo então Bispo do Funchal, Teodoro Faria. Frederico fugiu da prisão de Vale dos Judeus. Está no Brasil "numa boa", a beber água de coco e a benzer santinhas à boleia de uma fuga bem apadrinhada. Ainda querem que eu respeite a mitra.
Etiquetas: ensino, professora de história, sexualidade
Comments:
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Muito mal iria este país se a aluna que gravou fosse minimamente incomodada. Por onde anda a responsabilidade? Os sindicatos dos professores encolhem-se agora? Nada dizem?
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