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2009-06-26

 

Os diferentes textos dos "economistas"

Estes diferentes textos e a iniciativa da Ordem dos Economistas - OE - apesar de um mau arranque com o publicitado documento dos 28, que tentou arvorar-se em ser o supremo detentor da verdade absoluta sobre os grandes investimentos e o papel do Estado na economia, acabarão por ter uma face positiva, a de desencadear reacções noutros sentidos e de levar a OE a anunciar debates sobre este tema.

O documento dos 28 tem todo o direito de aparecer como opinião, exactamente em plano de igualdade com os outros dois anunciados pelo jornal I. O que critico no documento dos 28 foi a forma encapotada de dar uma opinião pretensamente neutra, tão neutra que, aliás, tem sido alvo de aproveitamento político, com toda a legitimidade de quem o está a aproveitar. O contrário é que seria de estranhar.

Tive acesso aos dois documentos na forja. Francamente não percebo lá muito bem porque são dois, porque não se entenderam. De fundo, o que divergem são as tónicas e certamente os mesmos protagonistas na acção concreta divergiriam. Mas isto é natural e saudável.

Agora em documentos tão globais, ambos de grande dignidade em minha opinião, no papel do Estado e na defesa do investimento público estão em sintonia. Se a prioridade deve ser centrada mais no emprego ou mais no desenvolvimento, acho que estamos a falar da mesmíssima coisa, o que podemos é pretender dar sinais sociais de natureza diferente, ou sendo mais claro, orientar o foco para públicos diferentes.

Daí a minha hesitação.

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