2009-08-05
Enjeitados (2)
Diz o editorial do DN de hoje, e muito bem, que Alegre e os alegristas, no PS, também foram ostracizados e nem por isso caiu o Carmo e a Trindade.
O 1º comentário que se oferece, quente e singelo, é que, enquanto no PS se espera, no PSD o desespero ameaça tornar-se explosivo. Num 2º comentário, mais arrefecido e retornado, chamaria a atenção para os alegristas que, apesar de tudo, ficaram e ficarão com "ocupações" importantes, venha o que vier. Com o 3º comentário, já completamente refrigerado e ortogonalizado, lembraria que não há ninguém no PSD a baralhar os ciclos, trocando apoios futuros (candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República) por estilos de oposição sussurrados.
O Problema do PSD foi ter perdido nos últimos anos a função de interface com altíssima capacidade de atracção dos grandes negócios, providenciando, ao mesmo tempo, as garantias que os tornam menos arriscados. O que aconteceu aos paladinos do BPN, leva muitas gentes a duvidar da eficácia actual do PSD.
Convém recordar, a propósito de tudo isto, que Cavaco Silva e muitos cavaquistas, preferiram José Sócrates a Santana Lopes, na véspera das últimas legislativas. A maioria absoluta do PS também contou com essa punhalada fratricida. É por saber tudo isso, de saber certo, que Pedro Santana Lopes parece contentar-se, para já, com a Câmara de Lisboa, enquanto Passos Coelho e o seu grupo, de olhos em alvo, procuram slogans para a próxima campanha interna. Terão de deixar para trás o bravo e decidido "O futuro é agora", convencidos, talvez, de que o futuro "era" agora...mas não foi.
Comments:
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" Alegre e os alegristas, no PS, também foram ostracizados" ???? Pelo menos têm a 1º candidata por Coimbra.
Consta que ao contrário de Passos Coelho Manuel Alegre foi convidado a integrar as listas do PS. Ele é que não aceitou.
Há 5 anos Manuel Alegre concorreu contra Sócrates a Secretário geral do PS (como Passos Coelho concorreu contra Manuela Ferreira Leite)mas as consequências foram diferentes: Manuel Alegre foi deputado e vice-presidente da AR. Dos seus apoiantes, Osvaldo Castro foi deputado e presidente da mais importante Comissão Parlamentar - a 1ª Comissão; Santos Silva foi eleito deputado e convidado para o Governo, Maria de Belém foi deputada e presidente da Comissão de Economia, José Magalhães foi eleito deputado e integrou o Governo, e assim por diante. Nenhum opositor de Sócrates foi ostracisado. Há alguma diferença entre o comportamento sectário (e amedrontado)do PSD e de Manuela Ferreira Leite e o comportameno então do "arrogante" Sócrates e do PS.
Há 5 anos Manuel Alegre concorreu contra Sócrates a Secretário geral do PS (como Passos Coelho concorreu contra Manuela Ferreira Leite)mas as consequências foram diferentes: Manuel Alegre foi deputado e vice-presidente da AR. Dos seus apoiantes, Osvaldo Castro foi deputado e presidente da mais importante Comissão Parlamentar - a 1ª Comissão; Santos Silva foi eleito deputado e convidado para o Governo, Maria de Belém foi deputada e presidente da Comissão de Economia, José Magalhães foi eleito deputado e integrou o Governo, e assim por diante. Nenhum opositor de Sócrates foi ostracisado. Há alguma diferença entre o comportamento sectário (e amedrontado)do PSD e de Manuela Ferreira Leite e o comportameno então do "arrogante" Sócrates e do PS.
Tem razão ou, pelo menos uma certa razão que, no meu "2º comentário" reconheci antecipadamente:
"Num 2º comentário, mais arrefecido e retornado, chamaria a atenção para os alegristas que, apesar de tudo, ficaram e ficarão com "ocupações" importantes, venha o que vier."
Tal não obstou a que Manuel Alegre tenha vindo a público protestar contra a discriminação de que foram alvo os militantes da sua tendência, responsabilizando a liderança do PS pelas eventuais consequências nos resultados eleitorais.
Repare que, neste workshop de "afastamentos", só se safaram incólumes dois partidos: o PCP, de onde nada veio a este respeito, e o CDS/PP, onde Ribeiro e Castro foi convidado a fazer parte das listas e aceitou.
Em abstracto, a inclusão e exclusão de nomes nas listas não é mais do que uma modalidade de exercício do poder das direcções partidárias; em concreto, a existência de critérios claros e assumidos faz toda a diferença.
"Num 2º comentário, mais arrefecido e retornado, chamaria a atenção para os alegristas que, apesar de tudo, ficaram e ficarão com "ocupações" importantes, venha o que vier."
Tal não obstou a que Manuel Alegre tenha vindo a público protestar contra a discriminação de que foram alvo os militantes da sua tendência, responsabilizando a liderança do PS pelas eventuais consequências nos resultados eleitorais.
Repare que, neste workshop de "afastamentos", só se safaram incólumes dois partidos: o PCP, de onde nada veio a este respeito, e o CDS/PP, onde Ribeiro e Castro foi convidado a fazer parte das listas e aceitou.
Em abstracto, a inclusão e exclusão de nomes nas listas não é mais do que uma modalidade de exercício do poder das direcções partidárias; em concreto, a existência de critérios claros e assumidos faz toda a diferença.
ostracisados vem de ostras , fecham-se , fecham-se e de vez em quando abrem-se .... Comem-se em eleições ! Farto de patetas estou eu ! O Sr Não Sr Correia?
O bernardes
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O bernardes
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