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2009-09-07

 

A "política de verdade" da drª Ferreira Leite

Não sei onde a drª Ferreira Leite foi beber o slogan. Mas Oliveira Salazar usou uma frase muito parecida no seu primeiro grande discurso, após ser ministro das finanças de Vicente de Freitas, na retribuição de cortesia que fez ao QG de Lisboa a 9 de Junho de 1928. O grande biógrafo de Salazar, Franco Nogueira, escreve no volume II (1926/1936) a pags 12, uma passagem do discurso onde dizia: " represento nele (entenda-se ministro das finanças) um determinado princípio: represento uma política de verdade e de sinceridade, contraposta a uma política de mentira e de segredo".

A "política de verdade" de Ferreira Leite como escreveu Miguel de Sousa Tavares irrita pela pose daquela superioridade moral, de "senhora da verdade" que para aí ostenta em cartazes, declarações e acções de campanha. Dá ideia de que acredita que o seu currículo é suficiente para que os portugueses lhe entreguem o poder sem mais: sem programa, sem ideias, sem ter de sujar as mãos a bater-se pelos votos. Mas se há coisa que lhe falha, além das ideias, é currículo: já exerceu várias funções de governação e em nenhuma se distinguiu particularmente, a começar pelas finanças públicas no governo de opereta de Durão Barroso. Se a isso acrescentarmos as constantes contradições entre o que diz e o que faz e o que diz e rediz, além das extraordinárias confissões que às vezes, inadvertidamente, lhe saem pela boca fora, fica difícil de perceber como é que os gurus eleitorais do PSD imaginam poder levar a senhora à vitória, daqui por três semanas".

A "política de verdade" da senhora é ela e o seu contrário, ou seja, traduzido ora é verdade ora é mentira. É como calha. E foi o que se viu ontem quando até queria desdizer o que estava escrito no seu programa de candidatura sobre a saúde e a segurança social, porque naquela altura lhe era conveniente


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