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2009-10-23

 

Mário Lino regressará ao Puxapalavra?

Mário Lino deixa o Governo na 2ª f próxima e espero que volte ao Puxapalavra. Não lhe faltarão temas.  Por exemplo expor os argumentos que contrariem Campos e Cunha, o arrependido ministro das Finanças de Sócrates, que garante não haver dinheiro para o Novo Aeroporto de Lisboa e para a Alta Velocidade e que tais empreendimentos só contribuirão para o atraso do país.

Aproveito para saudar o Professor António Mendonça que sucederá a Mário Lino.

Com Mendonça são já 4 ministros, Joaquim Pina Moura , Mário Lino, Isabel Pires de Lima  e António Mendonça, e quatro Secretários de Estado: Osvaldo de Castro, Victor Neto, José Magalhães, Mário Vieira de Carvalho vindos todos da grande dissidência do PCP do fim dos anos 80 início dos anos 90.
Isto revela a boa escola de quadros políticos que foi o PCP e dá uma ideia (apenas uma pálida ideia) da formidável hemorragia de intelectuais e outros recursos humanos muito capacitados, por ele sofrida . E lendo a Rita Rato fica-se na dúvida se por este caminho o PCP conseguirá colmatar as brechas.

Comments:
Ainda não foi desta que a Zita Seabra foi para o governo...
Quanto à menina Rita: todos têm direito à sua Carolina Patrocínio, não?

(Possíveis comentadores: estou a BRINCAR, sou amiga do Raimundo e não quero ofender ninguém!!!)
 
Eu desta vez tenho que agradecer ao Raimundo por ter descoberto esta entrevista da Rita quando tinha 19 anos.

Pois, aos 19 anos, com a mesma frontalidade que agora descobrimos na entrevista ao CM, já ela dizia:

«A política está muito desacreditada. O discurso de uma sociedade mais justa, que lute por valores de igualdade e de paz, tem de chegar às pessoas. Muitas vezes as pessoas não se consideram a elas próprias como "trabalhadores" e, quando a gente fala nisso, pensam: "Lá estão eles com os trabalhadores." Preferem estar fechados no Monumental a ser explorados pelas multinacionais. Pelo preconceito de se denominarem trabalhadores, considerando-se superiores aos operários fabris ou aos funcionários públicos. O erro está na interpretação de um discurso que é bastante coerente e dos poucos que vai directo às questões. O discurso da JCP critica e aponta soluções», considera.

Rita conhece esses preconceitos há muito tempo. «Quando era mais nova queria ser da JCP, mas o meu pai disse que não, que era mal visto pela sociedade. Ele vive muito no preconceito, ele e as pessoas em geral. Isso é uma coisa que me entristece, mas ao mesmo tempo dá-nos força para continuar. Às vezes quando estamos a distribuir um papel do Partido as pessoas ficam a olhar de lado e parece que têm vergonha. Tenho a certeza que há pessoas que guardam o papel e quando chegam a casa o lêem.»


Diga lá se a Rita não é moça de convicções? E com vontade de aprender.
 
Por acaso também cheguei à mesma entrevista da mui jovem Rita e subiu na minha consideração:

«Hoje por acaso adorei a aula de Sistemas Políticos porque o professor esteve a falar do Che Guevara, mas muitas vezes temos de ouvir que o Marx é assim e que o Lenine é assado.»
 
Mas a Rita - qualquer Rita - não pode ter preferências? Não pode ter gostos e amores? Os só as Ritas da JCP (ou do PCP) é que têm de comer e calar?
 
Mas já entrevistaram os meninos da JS que chegaram este ano ao Parlamento? Ouvi algumas entrevistas e eles não sabiam distinguir um orgão do soberania do primeiro dia de aulas da faculdade. Eu conheço alguns aqui do PS-Porto que nem com muito esforço chegam aos calcanhares da Rita. Deve ser por iso que passam o ano no fundo da bancada, bem caladinhos e só se levantam para votar.
 
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