2009-10-01
O discurso do Senhor Presidente sofre de truncagem de factos
O discurso do Presidente Cavaco Silva veio confundir ainda mais a situação das "escutas" a Belém, imputadas ao Governo.
Nada disto foi bom para o País e menos ainda para Belém no seu conjunto e, de tal modo, que a boataria, e a apreensão acerca de alguns problemas graves (a serem verdadeiros) e, muito incómodos (se o não forem), se espalharam por Lisboa inteira, aos mais diferentes níveis.
Mas aqui ficam algumas truncagens de factos.
Cavaco Silva não pode passar ao lado de alguns dos assessores do presidente de terem colaborado no programa do PSD (independentemente de isso ser a nível pessoal, dizendo que "investigou" e não tirou essa conclusão). Quem divulgou a noticia desse facto foi o próprio PSD. Assim, não pode embalar para um ataque a altas personalidades do partido do governo (expressão pouco diplomática) que reagiram questionados, na altura, pela comunicação social acerca dessa "colaboração".
Segunda questão : O PR não pode considerar "velho" o email publicado pelo DN no passado dia 18 de Setembro - troca de correspondência entre jornalistas do jornal Público datado de Abril 2008 sobre um encontro com o assessor do PR, suspeitas de escutas, etc - omitindo que as notícias do Público de 18 e 19 de Agosto deste ano, se basearam no teor desse mesmo "velho" email, como lhe chamou o Presidente.
Terceiro, o Presidente interroga-se sobre a veracidade de algumas afirmações desse email. Sendo assim, porque não desmentiu as notícias do Publico de 18 e 19 de Agosto deste ano, pergunto? Por outro lado, o mesmo "velho" email advoga que Fernando Lima, na tal conversa de café discreto com o jornalista do Publico, entregou um dossier sobre o assessor de Sócrates, o tal que "espião" socialista que tinha integrado a comitiva do PR na visita oficial à Madeira.
Porque será que o PR se esqueceu de explicar ao pais este "pormenor" na sua comunicação?
De forma alguma estes três factos se esgotam nesta abordagem.
Nada disto foi bom para o País e menos ainda para Belém no seu conjunto e, de tal modo, que a boataria, e a apreensão acerca de alguns problemas graves (a serem verdadeiros) e, muito incómodos (se o não forem), se espalharam por Lisboa inteira, aos mais diferentes níveis.
Mas aqui ficam algumas truncagens de factos.
Cavaco Silva não pode passar ao lado de alguns dos assessores do presidente de terem colaborado no programa do PSD (independentemente de isso ser a nível pessoal, dizendo que "investigou" e não tirou essa conclusão). Quem divulgou a noticia desse facto foi o próprio PSD. Assim, não pode embalar para um ataque a altas personalidades do partido do governo (expressão pouco diplomática) que reagiram questionados, na altura, pela comunicação social acerca dessa "colaboração".
Segunda questão : O PR não pode considerar "velho" o email publicado pelo DN no passado dia 18 de Setembro - troca de correspondência entre jornalistas do jornal Público datado de Abril 2008 sobre um encontro com o assessor do PR, suspeitas de escutas, etc - omitindo que as notícias do Público de 18 e 19 de Agosto deste ano, se basearam no teor desse mesmo "velho" email, como lhe chamou o Presidente.
Terceiro, o Presidente interroga-se sobre a veracidade de algumas afirmações desse email. Sendo assim, porque não desmentiu as notícias do Publico de 18 e 19 de Agosto deste ano, pergunto? Por outro lado, o mesmo "velho" email advoga que Fernando Lima, na tal conversa de café discreto com o jornalista do Publico, entregou um dossier sobre o assessor de Sócrates, o tal que "espião" socialista que tinha integrado a comitiva do PR na visita oficial à Madeira.
Porque será que o PR se esqueceu de explicar ao pais este "pormenor" na sua comunicação?
De forma alguma estes três factos se esgotam nesta abordagem.
Etiquetas: Cavaco Silva, discurso ao país, Presidente República
Comments:
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Vosselência, Sr. Abel Freitas, ainda apanha um torcicolo. Tem conseguido, desde o princípio desta cena das escutas, olhar apenas para um dos lados.
Não acha mais interessante olhar tb para o outro? Pensa que desta vez a "verdade" está toda de um dos lados?
Não lhe parece demasiado parcial zurzir somente no PR?
A. Teixeira
(Viva a Química)
Não acha mais interessante olhar tb para o outro? Pensa que desta vez a "verdade" está toda de um dos lados?
Não lhe parece demasiado parcial zurzir somente no PR?
A. Teixeira
(Viva a Química)
No mesmo registo, podia desejar-lhe-lhe que Vosselência Sr.A. Teixeira também poderia ter um tercicolo de lado contrário.
Não escondo a minha animosidade contra Cavaco. Não fui eu que o elegi. Conheço bem Cavaco Silva. Ele foi meu assistente de Finanças em Económicas e até passei à primeira, talvez com sorte. Mas desde aí, deixei de poder ter alguma consideração pela pessoa, devido à sua postura face ao Professora da cadeira. Faltou-lhe estatura. Havia outros colegas assistentes que a tinham. E o tempo político era mau para todos.
Segundo aspecto, fora deste contexto, Vosselência não contra- argumentou, acrescentando argumentos a dar razão, se quiser técnica a Cavaco. E mais estou bem à vontade, pois sendo anti-Cavaco neste caso e talvez em geral não deixo de ser crítico do resto.
João Abel de Freitas
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Não escondo a minha animosidade contra Cavaco. Não fui eu que o elegi. Conheço bem Cavaco Silva. Ele foi meu assistente de Finanças em Económicas e até passei à primeira, talvez com sorte. Mas desde aí, deixei de poder ter alguma consideração pela pessoa, devido à sua postura face ao Professora da cadeira. Faltou-lhe estatura. Havia outros colegas assistentes que a tinham. E o tempo político era mau para todos.
Segundo aspecto, fora deste contexto, Vosselência não contra- argumentou, acrescentando argumentos a dar razão, se quiser técnica a Cavaco. E mais estou bem à vontade, pois sendo anti-Cavaco neste caso e talvez em geral não deixo de ser crítico do resto.
João Abel de Freitas
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