2009-12-19
[1881] Atenção a lei não obrigará ninguém a casar com pessoa do mesmo sexo!
......
«Neste contexto, este diploma diz apenas respeito ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e não à adopção, que é questão bem distinta. Assim, esta Proposta de Lei afasta, clara e explicitamente, a possibilidade das alterações agora introduzidas no regime do acesso ao casamento se repercutirem em matéria de adopção.»
Entretanto a Plataforma Cidadania e Casamento e a sua mandatária Isilda Pegado recolhem assinaturas para um referendo de iniciativa popular. A intolerância da Plataforma Cidadania e Casamento agarra-se ao instituto do referendo de forma pouco coerente porque os referendos não devem servir para colocar na mão de uma maioria a restrição da liberdade das minorias.
Os católicos mais radicais querem obrigar quem não partilha as suas opiniões a pautarem a sua vida pelos seus preconceitos. Não é de agora. E antes, quando tinham o poder discricionário, simplesmente condenavam à morte pelo fogo quem era diferente. Mas com muita misericórdia, piedade e compaixão.
Há seguramente na obra humana coisas piores que as religiões (porque estas apesar de tudo têm frequentemente uma componente social boa, e confortam os mais pecadores...) mas elas têm estado na origem das maiores tragédias da humanidade com as suas infindáveis guerras de religião ao longo dos séculos e o fomendo da intolerância e do ódio a quem não siga as regras da sua seita. Veja-se agora o Islão medieval com as Alkaeda's e Hezbollah's como antes a Igreja Católica com a Inquisição e a chacina de infiéis.
A nova legislação que permitirá o casamento gay, a ser aprovada, apenas oferece um acréscimo de liberdade, não obriga nem Isilda Pegado nem os seus apoiantes a casarem com pessoas do mesmo sexo. É só para quem queira.
Comments:
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A questão não é assim tão linear. O movimento pró referendo tem fortes aliados no próprio PS, autarcas (incluindo o de Évora) e outros membros da direcção.
Talvez fosse melhor discutir a fundo em vez de soprar nas trombetas da propaganda.
Se a presente proposta de lei do casamento alargar a todos os casais os direitos inerentes a esse estatuto, o direito de adopção decorrerá automaticamente desse estatuto e qualquer tentativa de impedi-lo tornar-se-á inconstitucional. De acordo ou em desacordo, esta condicionante não deve ser ocultada pela cortina do politicamente correcto.
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Talvez fosse melhor discutir a fundo em vez de soprar nas trombetas da propaganda.
Se a presente proposta de lei do casamento alargar a todos os casais os direitos inerentes a esse estatuto, o direito de adopção decorrerá automaticamente desse estatuto e qualquer tentativa de impedi-lo tornar-se-á inconstitucional. De acordo ou em desacordo, esta condicionante não deve ser ocultada pela cortina do politicamente correcto.
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