2009-12-12
O inesperado destino das cartas anónimas (1)
Armando Vara pode, mais do que Manuel Godinho, defender-se. A RTP1, pela mão de Judite de Sousa, lançou-lhe, com uma severidade assustadora, algumas perguntas bestialmente difíceis e embaraçosas.
Vara respondeu o melhor que soube. Parece-me todavia ter calculado mal o efeito de algumas das suas declarações.
De todas elas, a que mais me encantou, foi a da carta anónima. Armando Vara, tudo o indica, é um homem organizado e arrumado. Recebe muita correspondência (claro!), manda arquivar uma parte, e encaminha a outra parte para quem de direito. Porém com as mensagens anónimas é mais estrito. Umas vão directamente para o caixote do lixo; outras não. Aquela, por exemplo, que lhe sugeria que avisasse José Sócrates de que andava a ser escutado, ficou numa gaveta da sua secretária à espera dos inspectores.
É deste modo que Armando Vara trata as mensagens que não merecem qualquer credibilidade.
Que fará ele às outras?
Manda-as emoldurar?