2010-02-04
[1927]O Estado do Conselho
Fotografia de Nuno Ferreira Santos
Era o Crespo. Na SIC Notícias.Tinha João Soares ali no estúdio e na parede Menezes. O défice, a Lei das Finanças Regionais, o costume. Mas o Crespo com o olho no Conselho de Estado e com vénias e salamaleques tirava-os de cena num ápice para nos passar à jornalista que estava em Belém a caçar uma reacção, um desabafo, uma plavrita que fosse, aos Conselheiros que iam solertes saindo mudos e solenes. Como é que ela se chama, a jornalista? Uma miúda simpática e bonitinha, seria a Daniela Santiago ou esta é da RTP? Os Conselheiros nada. Só o histrião da Madeira disse, com trombas de palmo, que fossem gozar o carnaval. Manuel Alegre aos costumes disse nada. Por fim Sócrates que sim tinha corrido muito bem obrigado e lá voltava o Mário Crespo de mãos a abanar para o Menezes que desculpasse. O Menezes desculpava e atirava-se que nem gato a bofe à direcção do PSD. Que era indesculpável a sua atitude. Então passam o tempo a exigir restrições por causa do défice e querem dar mais dinheiro à Madeira. A Madeira é que devia dar dinheiro às regiões pobres do continente. E então a alterar a Lei das Finanças Regionais e aumentar a despesa era um belo sinal às agências de rating (umas agências seriíssimas e muito confiáveis) para aumentarem o preço do dinheiro a Portugal. Menezes desforrava-se e deixava exangue Manuela Ferreira Leite e sua entourage com excruciantes acusações. E com estas boas razões de Estado Menezes não se ralava que todos percebessem o estado das suas razões.
Era o Crespo. Na SIC Notícias.Tinha João Soares ali no estúdio e na parede Menezes. O défice, a Lei das Finanças Regionais, o costume. Mas o Crespo com o olho no Conselho de Estado e com vénias e salamaleques tirava-os de cena num ápice para nos passar à jornalista que estava em Belém a caçar uma reacção, um desabafo, uma plavrita que fosse, aos Conselheiros que iam solertes saindo mudos e solenes. Como é que ela se chama, a jornalista? Uma miúda simpática e bonitinha, seria a Daniela Santiago ou esta é da RTP? Os Conselheiros nada. Só o histrião da Madeira disse, com trombas de palmo, que fossem gozar o carnaval. Manuel Alegre aos costumes disse nada. Por fim Sócrates que sim tinha corrido muito bem obrigado e lá voltava o Mário Crespo de mãos a abanar para o Menezes que desculpasse. O Menezes desculpava e atirava-se que nem gato a bofe à direcção do PSD. Que era indesculpável a sua atitude. Então passam o tempo a exigir restrições por causa do défice e querem dar mais dinheiro à Madeira. A Madeira é que devia dar dinheiro às regiões pobres do continente. E então a alterar a Lei das Finanças Regionais e aumentar a despesa era um belo sinal às agências de rating (umas agências seriíssimas e muito confiáveis) para aumentarem o preço do dinheiro a Portugal. Menezes desforrava-se e deixava exangue Manuela Ferreira Leite e sua entourage com excruciantes acusações. E com estas boas razões de Estado Menezes não se ralava que todos percebessem o estado das suas razões.
Etiquetas: Conselho de estado, Menezes.