2010-04-09
PEC
Há várias questões a colocar acerca do PEC. Mas, temos uma realidade à qual não se pode fugir: tem de haver PEC.
Caso não houvesse PEC, ou caso ele não seja cumprido no devido tempo (qualquer que seja o PEC), haverá de certeza um PEC imposto de fora, pelas altas instâncias comunitárias. E, se assim acontecer, só faltará mesmo nomear "o Administrador" de falências. Portugal já teve uma experiência algo semelhante, a quando do FMI. É bom refrescar a memória.
Clarificada esta base de partida, há dias em conversa com um amigo, aliás, muito dentro destas questões, dizia-me ele: o país está com sérias dificuldades de financiamento da sua economia e isso é visível em muitos domínios. Daí que, para criar condições para resolver esta situação crítica, seja preciso reduzir nas despesas e aumentar as receitas.
E tudo entronca nisto: Quem deve "pagar" o reequilíbrio das contas públicas?
Como pretende o PEC, em que o esforço sobra para os trabalhadores por conta de outrém e, sobretudo, a função pública? Ou deveria haver uma melhor redistribuição da carga, onde por exemplo, como está a ser pensado em certos países, um imposto especial sobre a área financeira de apoio a uma melhoria de receitas? De facto, a economia pouco vai crescer nos próximos tempos e se não entrar em recessão já não é mau.
Agora este PEC, em termos de política económica, é mau. As privatizações não fazem sentido nem resolvem nada. É mais uma teimosia sem nexo deste governo.
Para além da área energética onde se estão a fazer apostas válidas, não há indícios de mudança de bússola. Só mudando o paradigma de desenvolvimento se pode ambicionar criar novas condições. de sucesso. Será que ainda não se percebeu que, desde algumas décadas, se está a apostar em actividades sem futuro para a nossa economia e com a agravante de certas actividades sem futuro serem apoiadas de forma perfeitamente desastrosa porque não se apostam nos nichos certos ou nos domínios certos? E que domínios como a cultura não são encarados numa óptica de criação de valor? Há muito que redireccionar, até no turismo. Mas falta uma estratégia de fundo para este País.
Caso não houvesse PEC, ou caso ele não seja cumprido no devido tempo (qualquer que seja o PEC), haverá de certeza um PEC imposto de fora, pelas altas instâncias comunitárias. E, se assim acontecer, só faltará mesmo nomear "o Administrador" de falências. Portugal já teve uma experiência algo semelhante, a quando do FMI. É bom refrescar a memória.
Clarificada esta base de partida, há dias em conversa com um amigo, aliás, muito dentro destas questões, dizia-me ele: o país está com sérias dificuldades de financiamento da sua economia e isso é visível em muitos domínios. Daí que, para criar condições para resolver esta situação crítica, seja preciso reduzir nas despesas e aumentar as receitas.
E tudo entronca nisto: Quem deve "pagar" o reequilíbrio das contas públicas?
Como pretende o PEC, em que o esforço sobra para os trabalhadores por conta de outrém e, sobretudo, a função pública? Ou deveria haver uma melhor redistribuição da carga, onde por exemplo, como está a ser pensado em certos países, um imposto especial sobre a área financeira de apoio a uma melhoria de receitas? De facto, a economia pouco vai crescer nos próximos tempos e se não entrar em recessão já não é mau.
Agora este PEC, em termos de política económica, é mau. As privatizações não fazem sentido nem resolvem nada. É mais uma teimosia sem nexo deste governo.
Para além da área energética onde se estão a fazer apostas válidas, não há indícios de mudança de bússola. Só mudando o paradigma de desenvolvimento se pode ambicionar criar novas condições. de sucesso. Será que ainda não se percebeu que, desde algumas décadas, se está a apostar em actividades sem futuro para a nossa economia e com a agravante de certas actividades sem futuro serem apoiadas de forma perfeitamente desastrosa porque não se apostam nos nichos certos ou nos domínios certos? E que domínios como a cultura não são encarados numa óptica de criação de valor? Há muito que redireccionar, até no turismo. Mas falta uma estratégia de fundo para este País.
Etiquetas: mudanças de política económica, PEC, privatizações
Comments:
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Quando desaparecem estes Luis Russo e Reboredos que só poluem os blogs nada acrescentando e só chateando?
De facto, este país não tem por onde pegar. Há muitos, muitos anos aposta-se no têxtil, no calçado, etc, da forma mais errada. Por pressão dos sindicatos e dos patrões.
Há muita coisa no têxtil e no calçado ou mesmo na cerâmica a defender, desde que meta design e moda e inovação. O resto é lixo. Depois há que encontrar áreas para investir e são essas onde faltam as iniciativas firmes. O turismo será uma delas, a cultura deverá ser outra, os conteúdos, etc. Já não falo da energia, mas atenção, mesmo aqui é preciso pensar. E será que há pensamento?
Agora submarinos, F16, etc. Esta gente devia ir toda presa até porque as contrapartidas não existem e são um antro de ganhar somas para a vida.
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Há muita coisa no têxtil e no calçado ou mesmo na cerâmica a defender, desde que meta design e moda e inovação. O resto é lixo. Depois há que encontrar áreas para investir e são essas onde faltam as iniciativas firmes. O turismo será uma delas, a cultura deverá ser outra, os conteúdos, etc. Já não falo da energia, mas atenção, mesmo aqui é preciso pensar. E será que há pensamento?
Agora submarinos, F16, etc. Esta gente devia ir toda presa até porque as contrapartidas não existem e são um antro de ganhar somas para a vida.
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