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2010-05-09

 

Os novos velhos do Restelo

"Meio TGV" ... não posso concordar nem aceitar de forma alguma esta decisão do governo. Se se trata de um investimento estratégico, se vai permitir a Portugal uma maior e melhor integração na Europa, se tem impactos fortes no desenvolvimento económico, se cria emprego como se diz quer durante a fase de construção, quer durante o funcionamento, se tem uma elevada incorporação de produção nacional como dizem os estudos elaborados pelos centros de investigação universitários, não vejo razões, apesar do estrangulamento financeiro em que o País se encontra, para cancelar este projecto.

Há tantos outros projectos que poderiam ser cancelados e certamente a 3ª ponte poderia ser redefinida entre ferroviária agora e deixar algo preparado para a rodoviária depois.

Quem vai ganhar com isto é o Poceirão e ainda bem. pelo menos nem todos perdem apesar do País perder muito.

Num período em que se regista uma quebra de investimento privado fortíssima, ainda se percebe menos. Mais uma decisão, em que ganham os "novos velhos" do Restelo.


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Comments:
Ainda vamos ouvir dizer que esta decisão da suspensão de certos investimentos públicos foi uma má decisão.Depois se verá como certas correntes se alinharão.
 
Comentários no http://LUMINÁRIA.blogs.sapo.pt:

---Zé das Esquinas o Lisboeta a 7.5.2010

Se calhar a linha do TGV Lisboa/Madrid insere-se numa estratégia de desenvolvimento que para tem visão política a médio e longo prazo se justificará na sua construção. Não sei, nem é importante para o que a seguir vou escrever.

Sei que neste momento Portugal não tem dinheiro próprio para a fazer.
E se não o têm, não o deve fazer porque quem tem a tal anterior referida visão a médio prazo para ver a importância do TGV, também a tem para saber que os custos do endividamento externo e dos posteriores prejuízos de exploração e manutenção da linha, serão insuportáveis para todos os portugueses.

Ou será que só se tem visão estratégica para umas coisas e para outras não?
Mais, porque é que sendo tão importante a sua construção, não se procura no mercado interno o necessário financiamento?
Através da emissão de Títulos de Dívida Pública a X anos ou do Tesouro ou outra forma de captação de poupanças internas em que o garante é o estado?

Ou será que sendo tão importante para o País e criar tantos postos de trabalho e contribuir para a tal recuperação económica, não conseguirá captar investidores internamente?
Porquê o endividamento externo a taxas de juro que serão cada vez mais maiores e incontroláveis pelo próprio país em si?
Porque será?

Nota: A mim, na minha actividade profissional, também me fazia falta um 'carro' novo, com maior capacidade de transporte, mais beconómico no consumo e mais amigo do ambiente. Só que não tenho dinheiro para isso e o endividamento que teria de fazer ao Banco é demasido oneroso para a realidade do meu negócio perante as dificuldades do mercado actual e poria em risco o próprio negócio.
Arricava-me a ter o carro perfeito e ficar sem o negócio por ter de pagar o 'carro'.

---Zé T. a 7.5.2010

Bem observado.
Do meu ponto de vista, a fazer-se o TGV (e outras obras) deve obter o máximo de financiamento interno, utilizar o máximo de tecnologia e mão-de-obra nacional e deve ser o mais racional.

Com essas premissas, faz sentido:
- priorizar os investimentos (1º TGV ligando Lisboa à fronteira alentejana/espanhola);
- rentabilizar a obra (usando o TGV para passageiros e mercadorias, com ramal ao porto de Sines);
- poupar custos usando infra-estruturas já existentes (em vez de construir nova ponte, que custa o dobro de toda a linha TGV, aproveitar a ferrovia da FERTAGUS e fazer o terminal do TGV em Pinhal Novo, já pronto, a funcionar e com capacidade para mais).

---Parabéns a 10.5.2010

Bom desejo ou boa previsão (!?! a 5 e 7 de Maio 2010)... uns dias/semanas antes do Governo vir dizer que, afinal, suspende quase todas as grandes obras excepto a linha de TGV Poceirão-Madrid.

Claro que não foram estes comentários e 'posts' aqui no Luminária que 'influenciam/ram' as decisões do Governo... (antes fossem).
O que parece é que por aqui vão aparecendo algumas análises mais lúcidas e atentas ao que se vai passando na economia e política portuguesa... e que estão ajustadas com a realidade/circunstâncias...

enquanto outras, bem diferentes, são apenas propagandistas/ com textos redondos, enviesados e servilistas ... ou, simplesmente, pouco consistentes por falta de informação e de capacidade de análise...
 
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