2010-06-06
Os "deuses" estão loucos
O título do filme em português, que vi há muitos anos nas salas de cinema, não era bem este, mas uma sua aproximação: os deuses devem estar loucos.
Este título menos assertivo não responde à situação presente, porque os "deuses" actuais, políticos ou candidatos a políticos de muitos países estão mesmo loucos e muitos com graus de demência sem recuo.
Anteontem, sexta-feira, os mercados internacionais entram em turbulência com as afirmações de responsáveis do novo governo húngaro de que a Hungria estava na bancarrota. Ontem, sábado, Budapeste vem dizer que o que fora dito na véspera não era assim. A economia está sólida e o porta voz do governo reafirma que o objectivo do défice de 3,8% para este ano se mantém, embora insinuando ou a deixar que se insinue que o anterior governo falseou as contas do país.
Em Portugal, depois de tanta confusão entre PS e PSD por causa das garantias de Estado, afinal vem o PS dizer que está tudo bem como quer o PSD, que era mesmo um mal-entendido de redacção.
Se recuarmos no tempo, temos ainda aquele episódio do Secretário de Finanças do Reino Unido (já demitido e que era uma das esperanças do novo governo) que desconhecendo a tradição na sucessão foi logo a correr pôr nos jornais o papel deixado, que a ser verdade era de facto grave de que não havia dinheiro no erário público. Depois temos um candidato a Presidente muito preocupado com Olivença. Porque não se preocupa com o principado da Pontinha na Madeira? É quase do mesmo teor.
Só pode ser, estes "deuses" estão todos loucos.