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2010-06-27

 

Uma visita à Batalha e Aljubarrota

"Não há bela sem senão" ou então "este país não tem emenda". Poderia ser o mote escolhido para a visita que ontem a Tertúlia de Madeirenses em Lisboa realizou.

Como actividade normal para além de debates mensais sobre temas variados e quase sempre actuais nos nossos jantares/convívios, por exemplo, o último versou sobre os aluviões na Madeira com Raimundo Quintal como convidado, são realizadas visitas de índole cultural variadas, normalmente centradas em Lisboa.

Ontem fomos à Batalha e a Aljubarrota.

Um dia maravilhoso sob todos os aspectos. Desde as condições de tempo até ao despertar bem cedinho para se estar a horas junto ao Jardim Zoológico para a partida de camioneta, tudo foi correndo no melhor. Deu-se a visita à Batalha, onde até casamento havia (enfim, não de gente da Tertúlia), com uma guia própria escolhida por nós e que nos explicou, em diálogo, muita coisa sobre este mosteiro sobretudo do ponto de vista da arte.

Do mosteiro partimos para Aljubarrota, onde nos esperava um almoço medieval, combinado um mês antes com a deslocação ao local de 5 elementos do grupo, tendo um dos elementos mantido, durante este intervalo de tempo via telefone, contactos com os serviços de restauração concessionados pela Fundação de Aljubarrota.

O almoço foi tão medieval que estando combinado para as 13 horas, só deu sinal de aparecer por volta das 14 e tal. Sabíamos que a concessão fora dada a uma empresa de Coimbra e então a imaginação foi fervilhando, apesar de uma certa tensão quer nos estômagos quer nos espíritos sobretudo dos elementos da organização da Tertúlia.

Mas a imaginação, como ia dizendo, fervilhou, fervilhou até que descortinamos a razão: almoço medieval é assim. Apesar de partir de Coimbra muito cedo, quem sabe lá às horas que partimos do Jardim Zoológico, gastou muito tempo no percurso de carroça e no tratamento e alimentação dos animais.

Após esta divagação, um comentário sobre como uma excelente ideia de turismo cultural-histórico, integrado que no hoje se chama de "Turismo da Descoberta Económica", pode ir bater facilmente ao charco. Sem profissionalismo, responsabilidade e planificação não se vai longe e um investimento que custou cerca de 10 milhões de euros com um grande financiamento de fundos estruturais (65%) não tem desculpa ao agir desta maneira.

Os membros da direcção da Fundação, pessoas mui ilustres do nosso país, não podem limitar-se a encher o currículo de "grandiosas obras" que depois são o que se acaba de descrever.

Vale a pena ver Aljubarrota embora me pareça pelo que ouvi depois na vinda, que merece muito mais em termos de conteúdos e correcção até de alguns que lá existem, sobretudo ao nível dos desenhos dos factos da batalha. Porque não um vídeo feito por quem sabe para explicar a técnica do quadrado que os portugueses usaram na batalha?

Nós felizmente ficamos a saber muito disso, porque foi connosco um sabedor da matéria, o Nuno Santa Clara, que na vinda nos explicou a todos muito bem e, em pormenor, tudo isso numa perspectiva até de comparação com outras batalhas. É gente como o Nuno cujos conhecimentos ajudam a enriquecer muito estas tertúlias.

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Comments:
João Abel,

Acho bem este registo, com alguma ironia sobre o almoço medieval. Foi uma experiência negativa que espero seja corrigida. Não percebo a razão porque não se programa.
Abraço,
Também lá estive A.G
 
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