2010-07-29
Voltando ainda à VIVO
A comunicação social diz-nos que a venda agradou a toda a gente. Todos os interesses forma salvaguardados. Continuo a pensar que agradou sobretudo aos privados. De positivo, há a participação na OI e a saída da Telefónica da Gestão da PT.
O Governo Português, como se ouviu, também ficou radiante, nomeadamente o Primeiro Ministro que, ao agilizar a Golden Share, correu sérios riscos de insucesso.
Não vamos ensaiar cenários de insucesso. A venda fez-se. A PT desenvencilhou-se de um parceiro incómodo, a Telefónica.
Mas deste processo é de retirar algumas ideias/conclusões.
Primeira, será que o Governo, embora actuando bem, soube justificar a sua decisão? Estou a questionar se as razões anunciadas foram as melhores. Parece que o Governo actuou sobretudo para ganhar tempo e certamente com algum conhecimento em relação à OI e também à Telefónica, Tudo isto pelas relações de José Sócrates com Lula e Zapatero.
Segunda, há a questionar, face aos resultados, a reacção dos privados que, na AG, votaram pela venda e sobretudo o que disseram da actuação do governo.
Terceira, será que a dupla Granadeira/Bava tiveram de facto uma condução exemplar do processo? Uma estratégia exemplar?
Quarta e, a mais importante, não será de definir uma nova forma do governo intervir na meia dúzia de empresas que, de facto, são estratégicas para a economia do País? Porque essa ideia de "centros decisão em Portugal" já demonstrou em vários casos que não funciona.
Etiquetas: PT, Venda da VIVO
Comments:
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De tudo isto, o que é mais visível e preocupante é a actuação dos Privados. Cheirou-lhes a uma boa maquia de euros e ficaram impacientes: Que a PT passasse a uma mercearia de bairro pouco os preocupava.
"Interesse Nacional" é fácil saber pelo menos aqui e agora em Portugal.
Se for o Sr Eng Belmiro é sobretudo a grande distribuição, os grandes centros.
Se for o grupo Espírito Santo é a banca, mas sobretudo os jogos de bastidores em muitas áreas. E por aí fora.
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