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2010-09-21

 

Separar as coisas apesar da sua ligação

Era útil para as pessoas perceberem melhor a política, separar a análise de situações que tendo uma forte ligação de fundo podem ser contudo analisadas com alguma autonomia.

Raramente isto acontece em política, porque os objectivos não são os de esclarecer mas os de combate aos adversários.

Isto vem a propósito de quê?

Da discussão orçamental e das políticas económicas.

Defendo que a discussão orçamental deveria consistir numa primeira fase em olhar para a sua execução e responder de forma a que as pessoas, mesmo sem grande formação no campo das finanças públicas, percebam esta simples questão:

É ou não possível que o País cumpra a meta do défice orçamental de 7,3% em 201o, compromisso assumido com Bruxelas?

Os dados ontem divulgados pelas Finanças vão nesse sentido. A despesa pública está a evoluir ligeiramente abaixo do programado e aprovado e as receitas ligeiramente acima.

Se isto corresponder a uma tendência sustentada até final do ano, o cumprimento será atingido e poderá até falar-se de alguma margem.

Outra questão, bem diferente, é questionar se o caminho seguido pelo governo tem sustentabilidade futura?

O défice deveria ser sustentado sobretudo na redução da despesa que engorda o Estado desnecessariamente, mas não devia incidir na redução de despesa pública (embora havendo regras de racionalidade fortes) que corresponda a enviesar orientações de políticas sociais, quase comummente aceites, como o SNS.

A saúde tendencialmente gratuita devia ser uma orientação para ser praticada, o que está a afastar-se dessa meta

Agora Direcções Regionais por exemplo da Agricultura com mais de 250 trabalhadores, não se percebe porque ainda existem e outras e outras anomalias como esta. ... Aqui apostava mais pela metodologia de Zapatero fechar o que engorda e só engorda sem qualquer utilidade para o País, ou melhor só com prejuízos. Zapatero fechou empresas públicas, Institutos Públicos, etc e, neste momento, a situação em Espanha estabilizou neste domínio, sem problemas de FMI, etc.

Outra questão ainda é a do desenvolvimento económico do País onde tudo isto acaba por entroncar. E sobre este tema ainda não vi nenhuma força política apresentar uma estratégia mínima que possa fazer este País passar para a linha da frente.

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