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2010-10-14

 

A situação está confusa, sobretudo quanto a perspectivas

A questão fundamental não está em ter ou não ter orçamento para 2011.

Estando atento às movimentações recentes (a dos banqueiros sobretudo) e mesmo sem elas já tínhamos os ex de tudo (PR's, presidentes do PSD, etc,) a clamar como se a salvação do País estivesse apenas no orçamento.

Não tenhamos dúvidas. Vai haver orçamento. É previsível, desde há muito, apesar do teatro barato. Até nem é preciso grande esforço para o PSD, basta a abstenção.

E não venha o Ministro Teixeira os Santos com "a rábula" do voto favorável para dar força internacional.

Francamente vejo pouca seriedade em tudo isto.

Toda a gente sabe que o mundo financeiro não irá ficar muito sensibilizado com o orçamento 2011. O mundo financeiro conhece que, para além de muitas medidas terem pés de barro, muitas das que o governo tomou para 2010 como a transferência do fundo de pensões da PT, uma receita extraordinária, não foram explicadas e 2010 está a ser um mau exemplo no campo da gestão das contas públicas. Neste aspecto está a fraqueza de tudo.

Depois, medidas de médio prazo para fazer o país sair da situação gritante do pouco, zero ou crescimento negativo que se avizinha, onde estão? Onde está a reforma da justiça? onde está a reforma na saúde? etc, etc. E já agora do Estado, na sua globalidade, Central , autárquico, regiões, empresas? Será a AR, a Segurança Social a admitirem pessoas contra o que está anunciado nas medidas de austeridade que vem credibilizar o PEC3 e a concretização do orçamento 2011?

E atenção que para o horizonte de 2015 já se descortinam sinais claros de um outro "buraco" nas contas públicas, pelo efeito das PPP.

E sem a economia a crescer nada feito.




Comments:
Este verão fiz uma pequena incursão ao "país profundo", Trás-os-Montes, no caso. Pois bem, vi muita coisa. As aldeias têm 10-20% da população de há 30 anos. Estive numa que não tem crianças na escola há 15 anos. Nessa aldeia foi construído um parque infantil que terá custado entre 40 a 50000€. Soube que é exclusivamente usado como acampamento cigano três meses por ano. O País está coberto destes exemplos. Uma boa parte da dívida que nos esmaga foi usada numa autêntica feira de vaidades sem qualquer preocupação com o futuro. Na sede desse Concelho, a Câmara Municipal fez, pagou, três (Junho, Julho e Setembro) festas de arromba. Na primeira, de 5 dias, todas as noites com uma atracção nacional e uma estrangeira. No caso dos portugueses, do topo da tabela de cachets, mesmo do topo!.
Estávamos à espera de quê.
Dirão: o que é isso comparado com o 4.000.000.000 do BPN ? Têm razão, mas dei apenas um (1!) exemplo dos 300 concelhos e de um dos vários buracos por onde escorre o dinheiro com que nos encalacraram.
LG
 
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