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2010-11-26

 

25 de Novembro revisitado 35 anos depois

“Ai que prazer/ não cumprir um dever./ Ter um livro para ler/ e não o fazer!/ Ler é maçada,/ estudar é nada./ O sol doira sem literatura./ O rio corre bem ou mal,/ sem edição original... " (Alberto Caeiro)
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Vem isto a propósito de, por mera preguiça, me poupar o trabalho de dissertar sobre o choque de forças, políticas e militares que parou uma revolução Foi o 25 de Novembro de 1975. Choque de tal modo controverso e ainda tão enigmático que década após década temos nos media novas e apaixonadas "revelações" e mais e mais testemunhos. Cada qual explicando (e explicando-se) melhor.
Dei sobre os factos, 20 anos depois, a minha opinião, numa longa entrevista ao DN, em 1995. Como o jornalista - José Manuel Barroso - antecedeu o texto das minhas razões com um rasgado elogio ( merecidíssimo, garanto-vos :) ofereço-vos aqui as suas judiciosas palavras na tentativa de vos abrir o apetite para a entrevista que então lhe dei, com um link, lá em baixo.

"A ENTREVISTA que se publica nas páginas seguintes passará a constituir seguramente um do mais importantes documentos até hoje publicados sobre o 25 de Novembro de 1975 e o processo revolucionário em curso nesse ano. Na entrevista que Raimundo Narciso concedeu ao DN não são feitas revelações de pormenor que nos permitam ir ao fundo do conhecimento sobre o papel do Partido Comunista Português nesse evento e sobre o seu relacionamento com a esquerda militar e o MFA. Mas, sem nunca ferir a lealdade e o respeito devidos a pessoas que fizeram um percurso comum, o entrevistado desfaz suficientemente a teia do pensamento e da acção do PCP, nos idos da Revolução, para permitir ao leitor atento tirar conclusões claras das suas respostas.
A entrevista de Raimundo Narciso tem a autoridade que lhe dá o facto de ele ter sido um importante dirigente do PCP, durante muitos anos, membro do seu Comité Central e do Comité Militar do partido — o que lhe deu a possibilidade de, como ele próprio diz, ter acompanhado e participado «em todos o acontecimentos decisivos da Revolução», incluindo o 25 de Novembro. A entrevista tem, também, a ousadia e a inteligência de facultar um conjunto de informações muito importantes sobre esses acontecimentos, por considerar que «vinte anos depois é tempo para disponibilizar todos os elementos aos historiadores», com excepção de alguns «segredos» que não são só seus.
Excepção feita a esses «segredos», Raimundo Narciso faculta-nos, assim, elementos suficientes para compreender quanto a actuação do PCP, junto dos militares, foi a consequência de um plano estratégico, pacientemente...
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Estão com pachorra? A entrevista está aqui.
Para os viciados posso ainda dar mais um link, para a entrevista que em 2000 dei ao Público, sobre o 25 de Novembro. Aqui.

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