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2011-01-24

 

Hoje é dia de reunir os cacos

... e de reflectir um pouco.


Aparentemente nada mudou. O panorama é quase o mesmo trocando Nobre por Soares, o que vendo bem as coisas não deixa de ter algum sentido de humor.

No entanto, há motivos muito fortes para pensar que muita coisa foi posta em causa no processo que alimentou estas eleições.

Desde logo o vencedor da contenda saiu muito fragilizado e os discursos de ontem bem o provam.

Cavaco Silva deixou de ser a personalidade que criara de si e que tentou e conseguiu durante algum tempo impingir ao País, aquela pessoa intocável de que ninguém duvidava em termos de seriedade, aquela pessoa impoluta e honesta.

Afinal, ficaram as dúvidas com a colaboração do candidato que nada fez para esclarecer a situação da vivenda da Coelha com a eventual fuga aos impostos e das acções. Quem não deve não teme, lá diz o ditado. Mais uns tempos de campanha e a queda seria maior. Não nos esqueçamos que as sondagens arrancaram com Cavaco Silva acima dos 60%.

É legítimo que após tanto Freeport, etc, que o Ministério Público não ponha na gaveta o que foi dito e não explicado durante a campanha sobre o Candidato/Presidente, designadamente os sérios indícios de fuga aos impostos e abra um processo de investigação. É o mínimo que os portugueses e a comunicação social têm de questionar.

Manuel Alegre foi o derrotado em toda a linha. Uma campanha difícil. Embora dizendo-se "independente e livre" foi um pouco o produto dos aparelhos partidários e sobretudo de um PS dividido no apoio.

Apesar dos resultados não estou arrependido de o ter apoiado como candidato, porque desde início esta va ciente das dificuldades. Era tudo uma questão de percentagens e francamente esperava um pouco mais da ordem dos 25%.


Nobre fez o papel do Alegre de 2006. Apresenta-se como "independente", embora com inspiração extra mas não conseguiu a força de Alegre 2006. Falta-lhe garra, embora tivesse a apoiá-lo várias franjas do PS. E os candidatos independentes, com esta projecção mesmo sem grande jeito, devem fazer pensar os políticos.

O fenómeno foi mesmo José Manuel Coelho, o candidato incompreendido sobretudo por muitos políticos do Continente e por alguma comunicação social, com relevo para a RTP que o tratou várias vezes mal. José Manuel Coelho goste-se ou não foi um candidato com criatividade humorística. Não teve tempo nem lhe deram oportunidade para dizer o que pensa em primeiro da Madeira e do País.

Os resultados de Coelho na Madeira dão mesmo muito que pensar e em parte já são consequência das debilidades de saúde do Presidente do Governo Regional que não prosseguiu a campanha.

Trata-se de uma situação que merece análise, mas que dificilmente vejo ser bem rentabilizada politicamente devido à dimensão da organização em que José Manuel Coelho se enquadra. Ainda na Madeira tudo o que resta da oposição tem de reflectir sobre como interpretar o que os madeirenses são e querem. Sem isso tendem a ser forças residuais. Darão tempo a que na sucessão de Jardim o PSD se parta e se erga sem opositores à altura.

Falta Defensor de Moura que fez uma campanha até interessante, sem meios e muito localizada. Só não percebi porque se candidatou.

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Comments:
Do Coelho é que Alberto João não se safa. Mais uma semana de cama para recuperar
Coelhinho Lindo..,
 
Grande aviso ao PSD/M que está sem garra para governar. É buracos por todo o lado, não há dinheiro, mas também não há oposição credível e o povo madeirense vingou-se deu a confiança a Coelho.
 
O culminar de uma derrota anunciada:

Quero daqui perguntar ao Dr. Manuel Alegre se, daqui por 5 anos, está a pensar em "impingir-nos" a sua candidatura outra vez.

Cordiais saudações,
HGomes - Santiago do Cacém
 
Porque se candidatou DEFENSOR MOURA?
Para mim foi uma surpresa pois nem sequer sabia da sua existencia. Mas no 1º debate com Cavaco, foi fulminante. Foi mesmo KO. Disse a Cavaco o que nunca ninguem foi capaz de dizer, pediu-lhe para o olhar nos olhos e falou nas acções do BPN não cotadas na Bolsa, o que o transtornou, pois apesar deste assunto circular entre o EXPRESSO, A SICN com Mário CRESPO À CABEÇA, O ASSUNTO ERA MESMO tabu. Despoletou a reportagem da VISÃO de que muitos jornalistas sabiam, como se viu no dia seguinte todos a papaguear no mesmo e, finalmente soubemos da razão porque o Aeroporto saiu da OTA por pressão de Cavaco, com a ajuda do VAN ZELLER E DO VIEGAS, PARA O FANTASIA COMPRAR ANTES DO GOVERNO DECIDIR OS MILHARES DE HECTARES EM RIOFRIO. Abençoado Defensor Moura.
 
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