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2011-01-29

 

"Os países não são grandes empresas a competir no mercado global"

Paul Krugman, (28 de Janeiro de 2011) no jornal I

"Os interesses das grandes empresas nominalmente americanas e os interesses do país nunca foram o mesmo, mas actualmente estão menos alinhados do que nunca"
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Mas não será pelo menos útil pensar no nosso país como uma espécie de EUA SA, em competição no mercado global? Não.

Pensemos no seguinte: um administrador que aumente os lucros espremendo ao máximo a força de trabalho é considerado bem-sucedido. Foi mais ou menos o que aconteceu nos Estados Unidos ultimamente. O emprego está em mínimos históricos, mas os lucros batem novos recordes. Nesse caso, quem tem razões para pensar que se trata de um êxito económico?
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A crise financeira de 2008 foi um momento cheio de ensinamentos, uma lição acerca do que pode correr mal quando confiamos na capacidade dos mercados de se auto-regularem. Também não devemos esquecer que algumas economias altamente reguladas, como a da Alemanha, conseguiram, muito melhor que nós, defender o emprego depois da crise. No entanto, por qualquer razão, este momento pedagógico passou sem que nada tivesse sido aprendido.
Obama, por si mesmo, até pode ter um bom desempenho: a sua taxa de aprovação está a subir, a economia dá sinais de vida e as suas probabilidades de reeleição parecem boas. No entanto a ideologia que produziu o desastre económico de 2008 está outra vez na mó de cima - e parece estar para ficar, até produzir um novo desastre."

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