2011-02-04
Ainda a divisão no governo... a propósito do número de deputados
Lá no interior quem se ri deste espectáculo público são os políticos de direita sob a batuta de Cavaco Silva.
Mas o número de deputados não é a questão de fundo. Esta divisão só vem provar o que toda a gente sabe, mas não diz: a falta de debate no interior dos partidos, ou por outras palavras os partidos desrespeitam o modo democrático de funcionamento.
Agora é o PS, mas já vimos este cenário em muitos outros.
O que está aqui em causa, em meu entender mais importante do que o número, é o modelo de escolher os melhores deputados, de os responsabilizar face a quem os elege.
Pelo que se tem "de montar" formas intermédias dos deputados poderem ser questionados, prestando conta do trabalho desenvolvido junto dos seus eleitores, com bastante regularidade.
Tenho um amigo que vive em Paris e me diz que pode aceder em dias determinados aos deputados da sua área e levar-lhe problemas, interrogá-los sobre atitudes e medidas tomadas.
Aqui é de todo impossível. Apenas conhecemos meia dúzia que nos são completamente inacessíveis, a não ser que alguma relação de amizade exista.
Por tudo isto o que urge é mudar os métodos de eleição de forma a que haja responsabilidade de actuação dos deputados e que eles não sejam simples instrumentos nas mãos dos partidos.
O que acontece neste caso?
Não foi feito o trabalho de casa. Não houve no seio do PS a discussão deste problema em toda a sua dimensão e então são só figuras tristes, o que leva sempre ao desgaste ou ao desastre.
Nas actuais circunstâncias, as duas situações já se encontram em acumulação.
Mas o número de deputados não é a questão de fundo. Esta divisão só vem provar o que toda a gente sabe, mas não diz: a falta de debate no interior dos partidos, ou por outras palavras os partidos desrespeitam o modo democrático de funcionamento.
Agora é o PS, mas já vimos este cenário em muitos outros.
O que está aqui em causa, em meu entender mais importante do que o número, é o modelo de escolher os melhores deputados, de os responsabilizar face a quem os elege.
Pelo que se tem "de montar" formas intermédias dos deputados poderem ser questionados, prestando conta do trabalho desenvolvido junto dos seus eleitores, com bastante regularidade.
Tenho um amigo que vive em Paris e me diz que pode aceder em dias determinados aos deputados da sua área e levar-lhe problemas, interrogá-los sobre atitudes e medidas tomadas.
Aqui é de todo impossível. Apenas conhecemos meia dúzia que nos são completamente inacessíveis, a não ser que alguma relação de amizade exista.
Por tudo isto o que urge é mudar os métodos de eleição de forma a que haja responsabilidade de actuação dos deputados e que eles não sejam simples instrumentos nas mãos dos partidos.
O que acontece neste caso?
Não foi feito o trabalho de casa. Não houve no seio do PS a discussão deste problema em toda a sua dimensão e então são só figuras tristes, o que leva sempre ao desgaste ou ao desastre.
Nas actuais circunstâncias, as duas situações já se encontram em acumulação.
Comments:
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Caro Raimundo
Excelente reflexão. Dada a tua capacidade moral para sobre este tema intervires. Quando lutámos no interior daquele que foi o nosso partido, não imaginavámos que num partido como o PS se viessem 20 anos depois a verificar situações que no mínimo nos deixam tristes.
Espero que a parte sã se venha a impôr, antes que seja tarde.
Abraço
Rodrigo
Excelente reflexão. Dada a tua capacidade moral para sobre este tema intervires. Quando lutámos no interior daquele que foi o nosso partido, não imaginavámos que num partido como o PS se viessem 20 anos depois a verificar situações que no mínimo nos deixam tristes.
Espero que a parte sã se venha a impôr, antes que seja tarde.
Abraço
Rodrigo
Caro Rodrigo obrigado pela visita e pelos comentários já dei uma volta pelo Folha Seca e gostei muito.
Um abraço
Raimundo Narciso
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Um abraço
Raimundo Narciso
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