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2011-04-23

 

Os "Valores" dominantes

Atenção estúdio! Tenho aqui comigo o Sr. XPTO
- Diga-me - e a jornalista esticava o braço e metia-lhe o microfone à cara - o Senhor que é um quadro importante, dê-me lá a sua opinião sobre o seu partido neste momento conturbado do país e em véspera de eleições.
- Você sabe, estou muito desiludido com o meu partido. Uma crise como esta que o país atravessa, não há uma ideia, um programa, um desígnio. Não se fala verdade ao país. Só mentiras, teatro para a comunicação social. A direcção não houve os militantes.
- Mas... desculpe lá, o Sr ainda a semana passada declarou para o jornal K que o seu partido era o máximo e agora...
- Bom, off record, aqui para nós, é que a semana passada tinham prometido que me metiam nas listas [de deputados] e depois não cumpriram. São uma cambada de oportunistas. Sabe o que lhe digo é só jobs for the boys.
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 É necessário ter em conta que nem todos nem em todo o lado é assim. Mas é a "ética" predominante. E uma "ética" mortífera para a democracia. Como mudar este estado de coisas? Aperfeiçoando nos partidos os mecanismos de democracia interna. Permanente vigilância. Mais transparência.
Mas o mal não está, em especial, nos políticos nem nos partidos. Eles são um retrato do país. E frequentemente melhores que o comum dos cidadãos e outras organizações. Não parece porque estão muito mais expostos à controvérsia e ao escrutínio público.

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