2011-06-03
As classes médias
Não há muitos dias adquiri na NET um artigo intitulado "a nebulosa das classes médias" (0,75€) - o preço de um café sensivelmente - sobre o pavor com que as classes médias vivem de serem desclassificadas (mudança para uma classe inferior, certamente em termos de rendimento ou de desqualificação profissional).
O artigo debruça-se sobre a sociedade francesa com alguns valores relativos a rendimentos pessoais, base de enquadramento das pessoas nessa classificação.
Mas o que mais me interessou foi a abordagem dos contornos do que é a classe média.
Entre as classes populares (operários, empregados) e as elites (chefes de empresa, quadros dirigentes ...) existe uma série de estratos sociais que somos levados a considerar constituir a classe média.
Ao fim e ao cabo, os contornos das classes médias evoluem segundo a sua posição no aparelho produtivo e os níveis de rendimento e de qualificações.
Diz o autor do artigo que aqueles estratos societários estão organizados em torno de dois eixos. As classes médias independentes (os não assalariados) que de uma maneira geral se apoiam num capital económico próprio e os assalariados que normalmente fazem valer a sua formação.
A partir daqui o autor aponta 4 conjuntos de classes médias: a média -alta e a média -baixa em cada eixo. Nos assalariados, a classe média/alta integra sobretudo os quadros/chefias, a média/baixa os outros quadros e técnicos: No eixo dos independentes, a classe média/alta integra nomeadamente as profissões liberais e a classe média/baixa os empresários do pequeno comércio...
É de facto uma nebulosa ... O artigo adianta muito, adianta pouco... mas também pelo preço dum café não podia exigir um tratado, numa matéria tão complexa e sobretudo tinha muito poucas citações de outros autores, o que valeu logo os 0,75€.
O artigo debruça-se sobre a sociedade francesa com alguns valores relativos a rendimentos pessoais, base de enquadramento das pessoas nessa classificação.
Mas o que mais me interessou foi a abordagem dos contornos do que é a classe média.
Entre as classes populares (operários, empregados) e as elites (chefes de empresa, quadros dirigentes ...) existe uma série de estratos sociais que somos levados a considerar constituir a classe média.
Ao fim e ao cabo, os contornos das classes médias evoluem segundo a sua posição no aparelho produtivo e os níveis de rendimento e de qualificações.
Diz o autor do artigo que aqueles estratos societários estão organizados em torno de dois eixos. As classes médias independentes (os não assalariados) que de uma maneira geral se apoiam num capital económico próprio e os assalariados que normalmente fazem valer a sua formação.
A partir daqui o autor aponta 4 conjuntos de classes médias: a média -alta e a média -baixa em cada eixo. Nos assalariados, a classe média/alta integra sobretudo os quadros/chefias, a média/baixa os outros quadros e técnicos: No eixo dos independentes, a classe média/alta integra nomeadamente as profissões liberais e a classe média/baixa os empresários do pequeno comércio...
É de facto uma nebulosa ... O artigo adianta muito, adianta pouco... mas também pelo preço dum café não podia exigir um tratado, numa matéria tão complexa e sobretudo tinha muito poucas citações de outros autores, o que valeu logo os 0,75€.
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