2011-06-11
E que grande derrota..(2)
Estive uns dias sem visitar o blog e na retoma encaro-me com um carreamento de "comentários" para o meu último post, que nem sempre se ajustam. Mas num espaço de liberdade nada a dizer.
Retomando ainda algumas ideias sobre o tema da grande derrota das esquerdas nas últimas legislativas, hesito se a derrota do Bloco não equivale em termos de fundo à do PS, embora com significados diferentes.
A derrota do PS é essencialmente uma rejeição da governação. Uma esquerda moderada a governar com medidas de direita, em termos de equidade social, na medida em que sobretudo nas áreas das fiscalidades nunca o PS se orientou para entrar nos mais ricos, indo contra o que diziam , por exemplo, o estado social, que exige equidade, alinhando na prática pela matriz da Europa menos solidária. Sei que estamos em época de grandes dificuldades, mas exactamente numa situação destas, o que distingue a esquerda da direita é a equidade dos sacrifícios que a sociedade têm de suportar.
E aqui o governo PS falhou rotundamente.
A derrota do Bloco tem outro significado é o reconhecimento de que não está a construir uma alternativa credível.
As esquerdas independentemente de onde se situam têm reflectido pouco sobre as profundas mudanças sociológicas e questões que, nos inícios de 60 do século de XX ,se colocavam como esta tão simples para quando o desaparecimento da classe operária ? que, em meu entender não encontrou resposta , continuam a minar as estratégias das esquerdas que "filosofam" como se nada tivesse acontecido. Ou se a globalização que não é uma "nebulosa" mas algo de muito concreto não condicione toda a actuação política ,exigindo novas ferramentas teóricas e novas propostas, eventualmente algumas por dentro do próprio sistema capitalista?
Enfim, nenhuma análise de fundo pretendo aqui, mas faltam respostas e propostas das esquerdas para enfrentar estas novas questões.
Falei do Bloco exactamente porque se trata de partido jovem, de rupturas de várias origens e que ainda não encontrou saídas e que começa a perder o elan porque não deu respostas coerentes aos novos problemas e parece ter entrado nos tiques dos velhos partidos.
Como elemento de esquerda embora não integrado em partidos, lamento que todas se tenham enquistado.
Retomando ainda algumas ideias sobre o tema da grande derrota das esquerdas nas últimas legislativas, hesito se a derrota do Bloco não equivale em termos de fundo à do PS, embora com significados diferentes.
A derrota do PS é essencialmente uma rejeição da governação. Uma esquerda moderada a governar com medidas de direita, em termos de equidade social, na medida em que sobretudo nas áreas das fiscalidades nunca o PS se orientou para entrar nos mais ricos, indo contra o que diziam , por exemplo, o estado social, que exige equidade, alinhando na prática pela matriz da Europa menos solidária. Sei que estamos em época de grandes dificuldades, mas exactamente numa situação destas, o que distingue a esquerda da direita é a equidade dos sacrifícios que a sociedade têm de suportar.
E aqui o governo PS falhou rotundamente.
A derrota do Bloco tem outro significado é o reconhecimento de que não está a construir uma alternativa credível.
As esquerdas independentemente de onde se situam têm reflectido pouco sobre as profundas mudanças sociológicas e questões que, nos inícios de 60 do século de XX ,se colocavam como esta tão simples para quando o desaparecimento da classe operária ? que, em meu entender não encontrou resposta , continuam a minar as estratégias das esquerdas que "filosofam" como se nada tivesse acontecido. Ou se a globalização que não é uma "nebulosa" mas algo de muito concreto não condicione toda a actuação política ,exigindo novas ferramentas teóricas e novas propostas, eventualmente algumas por dentro do próprio sistema capitalista?
Enfim, nenhuma análise de fundo pretendo aqui, mas faltam respostas e propostas das esquerdas para enfrentar estas novas questões.
Falei do Bloco exactamente porque se trata de partido jovem, de rupturas de várias origens e que ainda não encontrou saídas e que começa a perder o elan porque não deu respostas coerentes aos novos problemas e parece ter entrado nos tiques dos velhos partidos.
Como elemento de esquerda embora não integrado em partidos, lamento que todas se tenham enquistado.
Etiquetas: esquerdas, estratégia política, teoria
Comments:
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"Como elemento de esquerda embora não integrado em partidos, lamento que todas se tenham enquistado."
Uma, cresceu, tem mais um deputado. A outra perdeu 8 deputados.
Não estou a ver nenhuma que tivesse ficado enquistada.
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Uma, cresceu, tem mais um deputado. A outra perdeu 8 deputados.
Não estou a ver nenhuma que tivesse ficado enquistada.
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