2011-10-24
O PS vai caucionar passagens do OE como esta?
No OE 2012 escreve-se (pags 9 e 10):
"Para o ano de 2011 o desvio previsto é da ordem de 2 pontos percentuais do PIB (cerca de 3.400 milhões de euros). Como explicar este desvio? Uma parte significativa do desvio, estimado para o conjunto do ano, deve-se a uma redução menor do que a esperada nas remunerações certas e permanentes (em cerca de 300 milhões de euros). Esta evolução resulta do não cumprimento dos objetivos de redução dos efetivos e a desvios específicos na Educação, Administração Interna e Defesa.
Do lado da despesa acrescem 560 milhões em consumos intermédios (dos quais 335 milhões em comissões pagas pelos empréstimos associados à ajuda internacional). Do lado da receita estima-se um desvio de quase 800 milhões de euros em outras receitas correntes. Este valor decorre de menores contribuições para a Segurança Social, receitas próprias no Ministério da Justiça e dividendos de participações do Estado. Acresce ainda o impacto dos custos da recapitalização do BPN, uma deterioração superior ao esperado da situação financeira do Sector Empresarial do Estado e a não realização de vendas de concessões e património como previsto. Estes desvios somam cerca de 2800 milhões de euros, isto é, aproximadamente 5/6 do total. O restante é explicado por operações ligadas a responsabilidades do sector empresarial da Região Autónoma da Madeira.
O desvio apurado será colmatado em 2011 com uma série de medidas de natureza transitória...".
Não é preciso acrescentar mais. O ministro das finanças imputa ao PS um desvio não previsto de 3400 milhões de euros.
O PS se se abstiver cauciona exactamente esta e muitas outras passagens do relatório OE 2012.
E nesta situação cabe-nos perguntar: o PS sente-se responsabilizado por um desvio desta dimensão?
Se assim fôr todos temos o direito de lhe imputar uma série de más medidas que o governo está a tomar, para além da tróika, pois a ser assim, a situação é bem pior do que aquela de que havia conhecimento aquando da assinatura do memorando.
Se não é defina-se.
Do lado da despesa acrescem 560 milhões em consumos intermédios (dos quais 335 milhões em comissões pagas pelos empréstimos associados à ajuda internacional). Do lado da receita estima-se um desvio de quase 800 milhões de euros em outras receitas correntes. Este valor decorre de menores contribuições para a Segurança Social, receitas próprias no Ministério da Justiça e dividendos de participações do Estado. Acresce ainda o impacto dos custos da recapitalização do BPN, uma deterioração superior ao esperado da situação financeira do Sector Empresarial do Estado e a não realização de vendas de concessões e património como previsto. Estes desvios somam cerca de 2800 milhões de euros, isto é, aproximadamente 5/6 do total. O restante é explicado por operações ligadas a responsabilidades do sector empresarial da Região Autónoma da Madeira.
O desvio apurado será colmatado em 2011 com uma série de medidas de natureza transitória...".
Não é preciso acrescentar mais. O ministro das finanças imputa ao PS um desvio não previsto de 3400 milhões de euros.
O PS se se abstiver cauciona exactamente esta e muitas outras passagens do relatório OE 2012.
E nesta situação cabe-nos perguntar: o PS sente-se responsabilizado por um desvio desta dimensão?
Se assim fôr todos temos o direito de lhe imputar uma série de más medidas que o governo está a tomar, para além da tróika, pois a ser assim, a situação é bem pior do que aquela de que havia conhecimento aquando da assinatura do memorando.
Se não é defina-se.