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2012-01-27

 

Um "holocausto" para a população madeirense

Como cidadão português de origem madeirense lamento o plano de resgate muito dramático para a população da Madeira que Alberto João Jardim acaba de anunciar que acordou e assinou na quarta feira em Lisboa com o governo de Passos Coelho/Paulo Portas..

O termo holocausto que uso no título aplica-se de forma simbólica a esta situação como é evidente, mas a população madeirense vai ser mesmo muito sacrificada. Velhos tempos de fome no então arquipélago da Madeira aparecem no horizonte próximo.

Para quem andou a dizer que não assinaria planos não exequíveis, acaba por ceder a tudo. Apenas não "cedeu" no prazo que a carta de intenções continha (redução da dívida a 4 anos para 40% do PIBR) porque o Ministro das Finanças deve ter corrigido erro tão crasso

Tenho dificuldades em perceber vários aspectos agora já como economista. Como pode uma região estruturalmente deficitária cumprir este plano acabado de anunciar pelo Dr. Alberto João Jardim, sem profundas mudanças de estratégia que nem tocadas foram?

Como é possível cortar na despesa pública mais de 500 milhões de euros, num orçamento anual da ordem dos 1200 milhões? Onde serão os cortes: saúde, educação, assistência social, Onde?

Como está a ser equacionada receita de privatizações se quase tudo o que foi anunciado para privatizar está em insolvência?

Estou com José Gomes Ferreira. Como pode ser o mesmo homem que geriu a região sem limitações financeiras durante 30 anos fazer agora uma inversão de 360 graus? Vai levar a cabo com sucesso este plano? Estou incrédulo.

Mais um passo errado para a Madeira.

A dignidade de Jardim era admitir a sua incapacidade e deixar a gestão da região.

Não deixava nenhum bife do lombo a quem o sucedesse. Até admito que muito poucos o quisessem provar.

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Comments:
Os portugueses de origem madeirense, assistiram às barbaridades "da obra feita", e não se queixaram dessa obra.

Queixam-se de ter de pagar essa obra.

Assim como os sindicatos e a oposição toda portuguesa agora condenam ter que pagar a "merda" toda que se fez.
 
Chiça, a palavra Holocausto está na moda.
 
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