2012-02-08
A ordem Teutónica
Em virtude do risco de agravamento da crise que a Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália estão, a deslocação de capitais destes países para outros de menor risco, em especial para a Alemanha, é “colossal” (como diria o funcionário da tróica!)
Em virtude do risco dos empréstimos a estes países ser grande os juros atingem proporções “colossais”. Em contrapartida a banca internacional empresta à Alemanha a juros baixíssimos, a 1% e a menos. Os media informaram recentemente que, pelo menos num empréstimo, de alguns milhares de milhões, os juros foram até, pasme-se… negativos, (-0,04%). Isto é os bancos ofereceram um prémio para emprestar dinheiro à Alemanha. Recompensa pelos juros altos que a política alemã lhes permite extorquir nos "PIGS"?
Notícias recentes revelaram também que naqueles países as taxas de desemprego atingem "níveis históricos". Mas... haja Deus! na Alemanha a taxa de desemprego atinge também níveis históricos é a mais baixa dos últimos 20 anos.
Pode ser que a crise seja trágica para milhões de cidadãos, trabalhadores e classes médias daqueles países, mas tem uma virtude, as coisas estão a correr bem, mesmo muito bem para Alemanha, que não é "preguiçosa". E até as perspectivas da Senhora Merkel vir a ganhar as eleições no próximo ano melhoraram muitíssimo.
Se a situação está assim tão boa para a Alemanha então, vistas as coisas pelos olhos da Ordem Teutónica, o ideal é que ela se mantenha assim o mais tempo possível. Solidariedade europeia? Vá mas é um gaulleiter para a Acrópole! O que é preciso é espremer esses "países mandriões". Mantê-los em fogo lento.
O pior (para os teutões) é se a coisa se torna demasiado insuportável a tantos milhões de pessoas e a casa europeia vá pelos ares. O que, como se sabe, lhes traria prejuizo.
Em virtude do risco dos empréstimos a estes países ser grande os juros atingem proporções “colossais”. Em contrapartida a banca internacional empresta à Alemanha a juros baixíssimos, a 1% e a menos. Os media informaram recentemente que, pelo menos num empréstimo, de alguns milhares de milhões, os juros foram até, pasme-se… negativos, (-0,04%). Isto é os bancos ofereceram um prémio para emprestar dinheiro à Alemanha. Recompensa pelos juros altos que a política alemã lhes permite extorquir nos "PIGS"?
Notícias recentes revelaram também que naqueles países as taxas de desemprego atingem "níveis históricos". Mas... haja Deus! na Alemanha a taxa de desemprego atinge também níveis históricos é a mais baixa dos últimos 20 anos.
Pode ser que a crise seja trágica para milhões de cidadãos, trabalhadores e classes médias daqueles países, mas tem uma virtude, as coisas estão a correr bem, mesmo muito bem para Alemanha, que não é "preguiçosa". E até as perspectivas da Senhora Merkel vir a ganhar as eleições no próximo ano melhoraram muitíssimo.
Se a situação está assim tão boa para a Alemanha então, vistas as coisas pelos olhos da Ordem Teutónica, o ideal é que ela se mantenha assim o mais tempo possível. Solidariedade europeia? Vá mas é um gaulleiter para a Acrópole! O que é preciso é espremer esses "países mandriões". Mantê-los em fogo lento.
O pior (para os teutões) é se a coisa se torna demasiado insuportável a tantos milhões de pessoas e a casa europeia vá pelos ares. O que, como se sabe, lhes traria prejuizo.
Comments:
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Pois, as teorias até podem ter alguma consistência, elegância e sobretudo explicarem ou desculparem os nossos erros e debilidades, mas o aforismo popular de que "quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga" tem aqui aplicação. A Alemanha já mandava nas políticas do dinheiro antes de Maastricht. Os franceses chamavam ao Bundesbank a bomba atómica alemã, como é sabido. Quem se endivida até às orelhas que espera, compreensão e perdão dos credores? A Alemanha preparou-se, os outros acusaram: a China da Europa! Esses outros, sobretudo os que não contestam o sistema capitalista, não sabiam o que os esperavam? Ou pensavam que era possível defices eternos sem consequências, como um dia disse um "governante" guterrista de que a Baviera também não estava preocupada se tinha ou não defice externo.É muito cómodo arranjar um mau da fita,muito mais cómodo que reconhecer que fomos desgovernados e assaltados por aqueles que o eleitorado escolheu, é chato reconhecer que o POVO escolhe, entre outros, ladrões e criminosos, mesmo que confrontado com provas irrefutáveis.
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