2012-02-03
Vasco Graça Moura e o seu "Estado" ao lado de Belém
Convenci-me que o dr. Vasco da Graça Moura (VGM) tinha sido nomeado para gerir o centro cultural de Belém.
Enganei-me. O seu primeiro acto com impacto público, para além da posse, foi mandar substituir nos computadores da instituição a instalação do novo acordo ortográfico pelo antigo, por é aquele que ele gosta.
Será possível ou melhor admissível quando está em curso o processo da aplicação do novo acordo no país e na base de um negociação mais vasta com os países de expressão portuguesa, que um gestor público numa instituição pública tome esta atitude sem consequências?
Não era expectável, mas foi o que aconteceu.
E pela resposta que o primeiro ministro deu hoje no Parlamento, vai mais uma excepção. Vasco Graça Moura monta o seu "Estado", o da língua pré acordo, na vizinhança do Palácio de Belém.
É de perguntar quem é o "Presidente" da língua?
Se o governo não actua será VGM.
Espero que não se confunda. Não estou a por em causa a competência de VGM, mas um comportamento que merecia só por si a demissão imediata ou então o recuo pleno e a assumpção pública de que o seu acto correspondeu a uma noite mal dormida.
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"É lástima ter que dar satisfacções sôbre orthographia: a ninguem mais succede isto senão a nós, (...). Eu cuido que em Portuguez não temos já opção sobre systemas de orthographia: a ethymologia modificada pela pronúncia, é o mesmo que seguem as mais illustradas nações da Europa". Almeida Garrett, Da Educação.
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