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2012-06-14

 

A Europa prestes esborrachar-se no muro da dívida

Muito antes da vitória de Hollande muitos eram os que se manifestavam contra o fármaco preconizado e instituído pelo Merkozy para atacar a doença da  dívida - a austeridade.

Agora entrou na moda a palavra crescimento. Parece ter-se encontrado a magia. 

Uns chamam crescimento a reformas estruturais que resultam exactamente no que está. É uma mudança de fato. Outra camuflagem. Na realidade para numerosos dirigentes europeus é preciso operar reformas estruturais que liberalizem os mercados em particular o do trabalho. Para quê? Segundo eles, a liberalização acarreta a competitividade das empresas. Esta via já demonstra há quase 4 anos que tem efeitos contraproducentes no emprego e no crescimento económico e gera insegurança cada vez maior e tensa nos europeus. Mas eles teimam em sustentar o crescimento e a criação de emprego desta maneira.

Outros põem o acento sobre os investimentos. E defendem que é preciso lançar à escala europeia projectos de investimento nas energias renováveis e nas novas tecnologias. Nomeadamente é preciso emitir os famosos project bonds como forma de financiamento destas políticas. Uma via, sem dúvida, mais prometedora, mas ... que os project bonds não me parecem  por si só resolverem.

Realisticamente há que analisar como governar estas medidas de política à escala europeia. É exactamente esta a grande questão que entrava, para além de ter dúvidas de que estas medidas constituam o remédio global. Uma parte sem dúvida positiva mas que deixa suspenso o problema  da dívida e sem uma ruptura a nível da gestão da dívida nada feito. 

Pode perguntar-se e como se atingiu esta situação?

O pacto de estabilidade foi escondendo a situação. a dívida pública é que chamava a atenção dos dirigentes e à dívida privada pouco se ligava

Se tomarmos, como exemplo, a Espanha facilmente se percebe a situação. Em 2000 as dívidas das famílias representavam 43 % do PIB, mas em 2008 estas mesmas dívidas atingiram 84 %,  Nas empresas, a situação passou-se de igual forma: 52 % do PIB em 2000 e 109 % em 2008. 

Ora foram estas dívidas que geraram a bolha imobiliária. São os bancos que detém estas créditos e as empresas e as famílias não têm capacidade para os pagar.

Comments:
E que tal deixarem de destruir emprego? Esta deveria ser a 1ª medida que os governos deveriam tomar, se não fossem tão incompetentes e conhecessem efectivamente o país que estão a gorvernar...
Infelismente temos betinhos que do país real nada percebem, basta referir que tendo o país mais de 80% de pequenas e microempresas só se preocupam com as grandes empresas e exportação.
Quanto às pessoas, parece que anda tudo doido, estão a acabar com o emprego de milhares de pessoas na casa dos 50 anos com poucas qualificações (inclusivé pequenos negócios) e depois esperam que essas pessoas façam o quê, até aos 65 anos idade da reforma? Ah, e ainda falam em aumentar a idade da reforma para os 67 anos... INCOMPETÊNCIA? é dizer pouco...
 
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